O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (7) que “acabou” com a operação ‘Lava-Jato’ porque “não tem mais corrupção” em seu governo. Moro rebateu em sua conta no Twitter, sem citar o presidente diretamente, afirmando que as tentativas de acabar com a operação significam a volta da corrupção e questionou se vale a pena se transformar em uma “criatura do pântano” pelo poder.
Bolsonaro disse ter “orgulho” da atuação do seu governo no combate à corrupção, mas acrescentou que “não é virtude, é obrigação”.
“Eu desconheço lobby para criar dificuldade para vender facilidade. Não existe. É um orgulho, uma satisfação que eu tenho, dizer a essa imprensa maravilhosa nossa que eu não quero acabar com a Lava-Jato. Eu acabei com a Lava-Jato porque não tem mais corrupção no governo. Eu sei que isso não é virtude, é obrigação”, disse Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto.
Moro rebateu mais tarde, sem citar a frase do presidente.
“As tentativas de acabar com a Lava Jato representam a volta da corrupção. É o triunfo da velha política e dos esquemas que destroem o Brasil e fragilizam a economia e a democracia. Esse filme é conhecido. Valerá a pena se transformar em uma criatura do pântano pelo poder?”
Jorge Oliveira noTCU
O presidente confirmou nesta quarta-feira que irá indicar o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, para o Tribunal de Contas da União (TCU). Jorge Oliveira irá ocupar a vaga que será aberta com a aposentadoria do atual presidente do TCU, Jorge Múcio. A informação foi antecipada na segunda-feira pelo colunista Lauro Jardim.
“Encaminhei mensagem para o Senado Federal indicando o Maj R/1 PMDF, atual Ministro da Secretaria Geral, Jorge Oliveira para exercer o cargo de Ministro do Tribunal de Contas da União”, escreveu Bolsonaro em redes sociais.
Oliveira terá que passar por uma sabatina no Senado, marcada para o dia 20 de outubro. Ele é bem avaliado e sua indicação deve ser aprovada com facilidade, avaliam parlamentares de diferentes correntes políticas ouvidos pelo GLOBO. De acordo com os relatos, o indicado não terá resistência nem mesmo da oposição. [Foto: Marcos Correa/Palácio do Planalto]