Se a ideia era vencer para ter objetivos mais ambiciosos no Brasileirão, o Botafogo deixou escapar uma ótima chance de ganhar distância em relação à zona de rebaixamento. O empate com o lanterna Goiás, por 0 a 0, trouxe facetas diferentes do time de Bruno Lazaroni. Nenhuma suficiente para fazer o gol.
É bem verdade que Tadeu teve mais uma atuação de destaque. Esse roteiro se repete pelo segundo ano na Série A, confirmando não só o talento do goleiro, mas também os problemas defensivos do Goiás — hoje, com a defesa mais vazada do campeonato, com 28 gols.
Mas como nenhum deles foi do Botafogo, fica o gosto amargo para o quinto jogo de Lazaroni à frente da equipe. E pensar que o domínio no primeiro tempo foi muito amplo. O time visitante mal conseguia segurar a bola.
O Botafogo veio como uma avalanche, mas o muro Tadeu empilhou uma série de defesas difíceis. Muito mais do que um bom DVD (coisa da década passada), ele pode, sim, ser apontado como o principal responsável pelo que (não) aconteceu no Nilton Santos.
Lamentações à parte, o fato é que o Botafogo chegou ao décimo empate no Brasileirão. Lidera sozinho essa estatística que é inútil para impulsionar times na tabela. Por isso, os atuais 19 pontos deixam o time no limbo e ainda perto do Z4.
O que funcionou para o Botafogo, apesar de ter passado em branco, foi a velocidade imposta nos primeiros 45 minutos. Mas bastava um mínimo de organização do outro lado, algo que aconteceu no segundo tempo, para a defesa correr riscos. Diego Cavalieri também teve seus momentos de herói.
Vale pontuar que a queda de produção do Botafogo coincide com a queda física de Honda no jogo. Quem também não conseguiu dar seu melhor foi Bruno Nazário, que voltou de lesão e foi substituído na etapa final.
O Botafogo agora só volta a campo pela Copa do Brasil, dia 27, contra o Cuiabá. O jogo contra o São Paulo, pela 18ª rodada, foi adiado. [Foto de capa: Vitor Silva/Botafogo]