Casal relata drama familiar e pede aprovação da lei da síndrome alcoólica fetal 

Na manhã de terça-feira (6), o deputado federal Alan Rick (DEM) recebeu em seu gabinete, em Brasília, a visita do casal de administradores Cleiver Lima e Cleísa Brasil, que foram ao local em busca de ajuda para realizar uma campanha de conscientização da Síndrome Alcoólica Fetal, a SAF, doença que acomete crianças cuja gestante ingere bebida alcoólica durante os nove meses de gravidez. Eles solicitaram a aprovação de uma lei que está engavetada no congresso.

Os dois são pais de adoção de Ana Vitória, de 10 anos, que sofre da doença. Cleiver Lima disse que essa é a segunda vez que vai à capital pedir ajuda aos políticos. “Só tem dois caminhos, a prevenção e a conscientização. Queremos que as pessoas não venham conviver com essa síndrome”, declarou o pai da pequena Vitória.

Alan elogiou a perseverança do casal e destacou que “Vitória é o motivo pelo qual o Cleiver e a Cleísa iniciam uma luta para conscientizar as autoridades e a população sobre a importância de se evitar o consumo de álcool na gravidez”.

Mostrando conhecimento do assunto, o parlamentar relatou que quando a gestante ingere álcool, ele cruza a placenta e penetra no feto diretamente pelo cordão umbilical. “Em cerca de uma hora, a taxa de álcool no sangue do feto é a mesma encontrada no sangue da mãe. Quanto maior a divulgação sobre a doença, maior a probabilidade de evitar novos casos”, escreveu.

O deputado frisou ainda que a população deve fazer parte desse time e ajudar a propagar informações sobre a Síndrome Alcoólica Fetal e como evitar a doença.

Alan encerrou dizendo que irá ajudar na aprovação de uma lei que tramita no Congresso Nacional sobre a doença, fazendo com que as mães possam ter mais responsabilidade na gestação.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência de Síndrome no Brasil já foi estimada em 1 a cada 1.000 nascidos vivos, índice menor que o registrado em termos mundiais (3 em cada mil).

Síndrome do alcoolismo fetal

Síndrome do alcoolismo fetal ocorre quando a mulher ingeriu álcool na gravidez. O consumo de álcool durante a gestação, não é novidade, traz inúmeros riscos – já comprovados cientificamente – para o bebê. Por isso, a maioria dos obstetras é totalmente contra, independentemente da quantia ou do trimestre em que a grávida está. Além do álcool outras substâncias não devem ser utilizadas durante a gravidez.

A SAF é o transtorno mais grave do espectro de desordens fetais alcoólicas (fetal alcohol spectrum disorders – FASD) e constitui um complexo quadro clínico de manifestações diversas que podem ocorrer em quem cuja mãe consumiu bebida alcoólica durante a gestação. Os efeitos decorrem da interferência na formação cerebral, em especial na proliferação normal e migração dos neurônios que não se desenvolvem completamente em certas estruturas e podem acarretar alterações congênitas, anomalias do sistema nervoso central, retardo no crescimento e prejuízos no desenvolvimento cognitivo e comportamental.

Diagnóstico

Para a identificação e diagnóstico da SAF é necessária a presença de achados em 3 categorias primárias: (1) Alterações Faciais; (2) Restrição de Crescimento Intrauterino ou pós-natal e (3) alterações do Sistema Nervoso Central.

Tratamento

Não existe tratamento específico. Entretanto os cuidados gerais tomados com crianças apresentando SAF são capazes de minimizar os danos da doença. O diagnóstico precoce é de extrema importância para que melhores resultados sejam obtidos.

PUBLICIDADE
logo-contil-1.png

Anuncie (Publicidade)

© 2023 ContilNet Notícias – Todos os direitos reservados. Desenvolvido e hospedado por TupaHost

Casal relata drama familiar e pede aprovação da lei da síndrome alcoólica fetal