O Atlético Mineiro perdeu a liderança do Brasileirão na noite desta segunda-feira, ao sofrer uma inesperada derrota para o Bahia. Foi a segunda derrota em quatro jogos, numa sequência em que o time comandado por Jorge Sampaoli somou apenas quatro de 12 pontos possíveis. Na avaliação do treinador, as dificuldades estão concentradas no ataque.
Nos últimos dois jogos que perdeu, o Atlético enfrentou problemas para superar as retrancas, tanto do Bahia quanto do Fortaleza. Na segunda, o time mineiro massacrou o rival baiano no primeiro tempo. Marcou apenas uma vez. E, no segundo tempo, permitiu a virada nos contra-ataques.
“A explicação da partida não tem a ver com o que fez o rival, mas sim com o que nós fizemos. Uma partida totalmente controlada, cheia de superioridade, e pouca eficácia nas áreas”, comentou Sampaoli, insatisfeito com a falta de “contundência” de sua equipe no ataque.
“A contundência é um aspecto que existe. Creio que temos que seguir trabalhando, seguir apostando na capacidade. É um tema mais especial, totalmente mais pontual, que tem a ver com a capacidade dos jogadores de definir as jogadas. Lamentavelmente, estamos em um momento que faltou contundência”, afirmou.
A falta de contundência ficou expressa pelos números da partida. O Atlético disparou 21 finalizações ao longo dos 90 minutos, contra apenas 31 do Bahia. Teve 62% de posse de bola e mais que o dobro do número de passes completos do rival: 512 a 233.
Nesta segunda, o ataque atleticano foi formado por Savarino, Sasha e Keno, que podem perder espaço nas próximas rodadas. “Temos que seguir trabalhando, corrigir um monte de coisas. Também temos que corrigir coisas quando ganhamos. Mas não há dúvidas de que, se este projeto coletivo de ataque não se concretiza com as situações claras que tem o time, vai ser muito complicado”, avisou Sampaoli.
O novo tropeço levou o Atlético para o terceiro lugar da tabela, com 31 pontos, três a menos que Internacional e Flamengo. A equipe mineira, contudo, segue com um jogo a menos que os dois rivais.