Com piscinas no AC fechadas e atividades paralisadas, Faea pede liberação e cita segurança

O estado do Acre é o único do Brasil que ainda está com as piscinas de clubes sociais e atividades de desporto aquático proibidas por conta da pandemia do novo coronavírus.

Como a classificação do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19 segue na faixa amarela no estado, os praticantes de esportes aquáticos continuam impossibilitados de voltar à ativa.

Na última sexta-feira (2), a Federação Aquática do Estado do Acre (Faea), divulgou um vídeo nas redes sociais para propagar uma campanha pedindo a liberação das piscinas.

A iniciativa conta com o apoio da Confederação Brasileira de Desporto Aquático (CBDA), através do diretor-geral Renato Cordani, do medalhista olímpico e ex-nadador Ricardo Prato, e Keila Arruda, presidente da Federação Aquática Capixaba (FAC).

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O presidente da CBDA, Luiz Fernando Coelho, também manifestou apoio através de um vídeo enviado ao presidente da Faea, Ricardo Sampaio.

– Senhores, estamos juntos nesta jornada para voltar a natação no país inteiro. Todos os estados já voltaram, precisamos do apoio Acre ao retorno dos esportes aquáticos. Natação é vida, natação é saúde. Precisamos disso. Contem com o apoio da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos. Estamos juntos, sucesso. Espero a volta de vocês na área nacional e estadual – diz o dirgente da entidade nacional.

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De acordo com Ricardo Sampaio, um protocolo de segurança foi elaborado pela Faea junto com o Conselho Regional de Educação Física (Cref) e protocolado na Vigilância Sanitária.

– A gente elaborou e fez da melhor maneira entendendo que, com os protocolos que foram propostos, não teria problema a gente abrir novamente as escolinhas de natação e iniciar as atividades aquáticas que são tão importantes para a população. Temos um laudo médico do doutor Wellinton Santos, que também é educador físico, e ele mesmo protocolou no comitê da Covid – afirma.

O dirigente acreano faz questão de ressaltar que o desejo das comunidades dos esportes aquáticos não é a mudança da faixa – da amarela para verde –, mas sim a liberação da abertura das piscinas com todos os cuidados necessários. Ele destaca que o ambiente das atividades aquáticas tem garantia de segurança.

– É importante salientar da segurança da atividade aquática. Todas as nossas piscinas do Acre são em espaço aberto. Todas elas são tratadas com cloro, sulfato, barrilha. Todos esses produtos já foram comprovados que matam o covid. Tem estudos que a CBDA enviou pra gente que provam isso. A gente tem essa preocupação de não abrir por abrir. Dentro de todo protocolo, com o número de 30%, com o distanciamento social. Uma coisa séria. A gente não quer voltar com irresponsabilidade. A gente quer voltar com responsabilidade, deixando claro pros nossos alunos e clientes que eles estão seguros – afirma.

Ricardo Sampaio, presidente da Faea — Foto: Reprodução/G1

A CBDA enviou um documento com 11 páginas às federações aquáticas de todos os estados sobre os cuidados para o retorno de treinamentos. Segundo Ricardo Sampaio, a Faea tem atualmente seis clubes filiados.

Ele destaca que a paralisação das atividades tem afetado quase 800 pessoas, entre professores, estagiários, alunos e atletas.

– Em torno de 16 professores não estão trabalhando. Quando a gente coloca estagiários e tudo mais, quase dobra esse número. Temos 160 atletas parados sem competir. Se for falar de alunos é em torno de 600 a 700 parados sem atividade, muitos com problemas de saúde e que a gente quer combater. Eles (autoridades) não estão conseguindo ver a possibilidade de liberação das atividades aquáticas como benefício ao combate ao Covid-19. É isso que a gente quer. Essa é nossa tristeza de ver uma incoerência gigantesca e a gente não vai aceitar – diz.

Ricardo Sampaio pontua questionamentos que estão sem respostas até o momento para a comunidade dos esportes aquáticos.

– A pergunta que a gente faz pras autoridades é: o quê a gente precisa fazer pra voltar com as nossas atividades? Voltar a trabalhar com o que a gente gosta, com quem a gente gosta, nossos alunos, nossos atletas. Tem que ir lá? A gente já foi. Tem que ir lá de novo? A gente vai. Essa reposta que a gente quer saber. A gente só tem um não sem uma explicação e não acha justo – finaliza.

 

(Foto de capa: G1)

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