O ELN, a última guerrilha reconhecida na Colômbia, confirmou nesta quinta-feira (29) a morte do comandante Uriel, um de seus principais chefes, morto no domingo em uma operação militar no noroeste do país, e prometeu honrar a queda no combate deste “autêntico guerrilheiro”.
“Com dor revolucionária confirmamos a queda do companheiro Uriel, que entregou sua vida com alta dignidade pelos grandes ideais de transformação, justiça social, soberania e futuro da humanidade”, disse a cúpula do Exército de Libertação Nacional (ELN), em um comunicado enviado por sua delegação de paz em Havana à AFP.
“A queda de Uriel nos compromete ainda mais com os propósitos de mudança na Colômbia e com as causas mais nobres da humanidade, essa é a maior honra e reconhecimento que devemos a ele”, acrescentou o grupo insurgente.
A morte de Andrés Vanegas, o primeiro nome do líder guerrilheiro de 41 anos e uma das figuras mais midiáticas do ELN, foi anunciada no domingo pelo presidente colombiano, Ivan Duque, e é considerada o maior golpe ao ELN sob o seu mandato, que começou em 2018.
Em um discurso no domingo no departamento de Chocó, onde ocorreu o ataque, Duque destacou que Uriel era responsável por sequestros, assassinatos e recrutamento de menores. Também afirmou que foi um dos organizadores do atentado com carro-bomba realizado em janeiro de 2019 contra uma escola de cadetes em Bogotá, que deixou 22 vítimas, além do agressor. [Capa: Juan Barreto/AFP]