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Em defesa do Papa, Dom Joaquín diz que “família deve acolher homossexual e não excluí-lo”

Por EVERTON DAMASCENO, DO CONTILNET

O bispo da Diocese de Rio Branco, Dom Joaquín Pertíñez Fernández, foi procurado pela reportagem do ContilNet nesta quinta-feira (22) para falar a respeito da polêmica declaração do Papa Francisco, sobre a união civil entre homossexuais.

De acordo com o responsável pela prelazia da Capital, “infelizmente a imprensa não foi nada caridosa com o Papa, mais uma vez, e as pessoas menos ainda”.

Francisco afirmou em um trecho de um filme, divulgado nesta quarta-feira (21), que os homossexuais precisam ser protegidos por leis de união civil. Foi a forma mais clara que o pontífice já usou para falar de direitos dos LGBTIs.

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“Os homossexuais têm direito a estar em família, são filhos de Deus. Não se pode expulsar uma pessoa de sua família ou tornar a vida impossível para ela. O que temos que fazer é uma lei de convivência civil, para serem protegidos legalmente”, destacou o chefe de Estado.

Joaquín reforçou o que foi dito pelo líder da Igreja e fez uma distinção entre a proposta de união civil e o casamento celebrado pela tradição apostólica romana.

“A família deve acolher o homossexual e não excluí-lo. E, além disso, a lei que o Papa sugere é uma lei de proteção a essas pessoas que são abandonadas pelas famílias e até expulsas de casa. Em alguns países é possível excluir os filhos da herança. O Papa fala de caridade cristã para quem está num momento muito difícil de vida. Infelizmente a imprensa não foi nada caridosa com o Papa, mais uma vez, e as pessoas menos ainda. Nenhuma confusão com casamento entre homem e mulher”, enfatizou Pertiñez.

“Não se deve esquecer que no parágrafo imediatamente seguinte o Papa se distancia de qualquer risco de confusão entre o casamento e as uniões civis, sublinhando que “não há base para assimilar ou estabelecer analogias, nem mesmo remotas, entre as uniões homossexuais e o plano de Deus sobre o casamento e a família””, finalizou.

A fala do papa surge na metade do longa-metragem. Ele discorre sobre temas com os quais se importa, como o ambiente, pobreza, migração, desigualdade racial e de renda e pessoas mais afetadas por discriminação.

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