O Flamengo teve a faca e o queijo na mão para assumir a liderança do Campeonato Brasileiro. Bastava vencer o penúltimo colocado, que não vencia há cinco rodadas. Mas era esperado que, uma hora ou outra, a desgastante sequência de jogos custaria preciosos pontos. Até demorou, mas veio no empate em 1 a 1 com o Bragantino ontem, no Maracanã, que manteve o Atlético-MG na liderança e fez o Rubro-Negro cair para a terceira colocação, sendo ultrapassado pelo Internacional.
Indo para o segundo jogo em menos de 48h e poupando alguns titulares, o Flamengo repetiu os mesmos erros dos primeiros tempos de Sport e Goiás e novamente teve uma etapa ruim contra o Bragantino. Se antes o problema era a falta de criatividade do meio-campo, agora a culpa estava na pouca velocidade do ataque — uma consequência do desgaste. Ao escalar Lincoln e Pedro, o setor não conseguia pressionar como de costume e pouco conseguia assustar.
De quebra, logo no primeiro lance do segundo tempo, Claudinho fez tudo que faltou ao Rubro-Negro para abrir o placar: aproveitou um contra-ataque em velocidade, teve boa movimentação e categoria para bater colocado e superar Hugo Neneca.
As coisas só melhoraram quando Dome fez uma substituição controversa: ao invés de Lincoln, quem saiu foi Pedro para a entrada de Vitinho. E os dois criticados pela torcida foram os responsáveis pelo empate. Enquanto o camisa 11 iniciou a jogada e achou Isla na direita, o centroavante aproveitou a bola rebatida por Cleiton para completar às redes.
Mesmo assim, o Flamengo seguiu não jogando bem e nem mesmo a entrada de Bruno Henrique ajudou. As bolas cruzadas na área pouco assustaram os paulistas, que seguiram confortáveis com o empate até o apito final. [Foto de capa: Sergio Moraes/Reuters]