Durante videoconferência realizada com a presença da maioria dos governadores e vice-governadores dos estados, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, assegurou, nesta terça-feira, 20, que o Brasil poderá iniciar a vacinação da população contra o novo coronavírus a partir de janeiro de 2021.
Segundo Pazuello, o governo federal atua em três diferentes eixos no enfrentamento à Covid-19, referente à imunização. Além de acompanhar as pesquisas e testagens das vacinas desenvolvidas pelo Instituto Butantan, de São Paulo, e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro, a União trabalha na elaboração do Plano Nacional de Imunização (PNI) e ainda na prospecção de novas vacinas ao redor do mundo.
De acordo com Pazuello, a aquisição de qualquer vacina só será realizada após aprovação do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por enquanto, a vacina CoronaVac, que vem sendo desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, é a mais promissora em fase de testes. Cerca de 46 milhões de doses já foram reservadas ao Ministério da Saúde para janeiro.
A instituição paulista é reconhecida internacionalmente pela qualidade em seu parque industrial. No Brasil, 75% das vacinas adquiridas pelo governo federal são do Butantan. Pazuello afirmou ainda que outras 140 milhões de doses foram encomendadas ao laboratório britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford. O lote pode chegar ao país até o início de fevereiro do próximo ano.
O avanço na busca por uma vacina eficaz deixou o governador Gladson Cameli entusiasmado. O gestor tem demonstrado empenho constante para que o Acre seja um dos primeiros estados do país a receber as doses. O chefe do Executivo afirmou que o governo se empenhará para que a população acreana seja imunizada. Desde o início da pandemia de Covid-19, salvar vidas tem sido prioridade.
“Estou aguardando com muita ansiedade a chegada dessa vacina ao Brasil. Pela dificuldade de logística e distância, o Acre merece prioridade no recebimento dessas doses. Em audiências de que já participei para tratar sobre o assunto, disse que nos mobilizaríamos para buscar essas vacinas em qualquer lugar do país. A minha maior preocupação é com a vida das pessoas e precisamos dar essa segurança e garantia para a população. Somente com a imunização e a continuidade dos cuidados com a higiene é que vamos virar essa página”, avaliou.