Sarah Keller é de Duisburg, na Alemanha, e viveu sete anos trabalhando como policial durante o dia e como dominatrix à noite. Agora longe da polícia, ela ganha mais de R$ 700 mil por ano (aproximadamente 100 mil libras) com seu alter ego, Calea Toxic, e conta o início de sua história ao portal Daily Star.
A ex-comandante afirma que se inspirou em trabalhadoras sexuais que conheceu enquanto estava trabalhando, mas sua primeira festa voltada para fetiches foi em 2011, quando uma amiga a levou para conhecer. Então ela se interessou por BDSM, bondage e dominação.
“Eu me sentia em casa na polícia e certamente era um ótimo trabalho, mas algo estava faltando. Eu queria fazer as coisas da vida que realmente me trazem alegria. Na minha vida privada, sempre tive paixão por BDSM. Me traz um sentimento satisfatório comandar pessoas e execitar o poder”, disse em entrevista ao Daily Star.
Pelos próximos sete anos, ela levou uma vida dupla, reservando as noites para vestir a roupa de látex e trabalhar em seus clientes como dominatrix. Durante seu tempo na polícia, ela costumava lidar com crimes sexuais e conversar com garotas de programa, alegando que as histórias delas fizeram com que ela se sentisse inspirada a entrar no mundo fetichista.
Eventualmente, Sarah foi exposta na delegacia quando fotos íntimas começaram a circular pelo WhatsApp entre seus colegas de trabalho. Ela também colocou implantes de silicone nos seios, começou a usar mais maquiagem e unhas longas e vermelhas, algo que destoou de sua imagem anterior.
“Percebi que meu estilo de vida estava se tornando cada vez mais diferente daquele dos meus colegas de trabalho. Valores como ter uma casa própria e economizar para a aposentadoria eram muito menos importantes para mim do que se sentir bem no seu próprio corpo e aproveitar a liberdade”, refletiu.
Em 2017, ela decidiu sair de seu emprego e começou a trabalhar como dominatrix usando outro nome, Calea Toxic. Hoje em dia, a persona conta com mais de 28 mil seguidores no Instagram e já esteve na capa de revistas fetichistas.
Calea Toxic costuma ser vista em diversos estúdios de dominatrix por toda a Europa e pode ser contratada para ensaios fotográficos. Além disso, ela também oferece “serviço bizarro de acompanhante” para homens ricos e ajuda casais a experimentarem fantasias e deixar tabus sexuais de lado.
“Jogar jogos com látex, chicotes e cordas me permite desaparecer para um lugar totalmente diferente. Para mim, dinheiro não é a parte mais importante do que eu faço. Eu quero ser independente no meu trabalho e buscar minha própria motivação”, concluiu.