“O natural da vagina é ter cheiro próprio e secreção”, afirma ginecologista

No terceiro painel do evento Dia V, promovido por Universa com patrocínio de Bayer, realizado nesta sexta-feira (23), a ginecologista e obstetra Andrea Menezes comentou sobre um tema recorrente em seu consultório: o odor da vagina. “É uma conversa que tenho quase todos os dias. Geralmente já chego com essa frase: vagina tem cheiro”, disse.

O painel “A era do autocuidado íntimo: um papo sobre autoconhecimento e minimalismo”, mediado pela jornalista Camila Brandalise, repórter de Universa, recebeu, além de Andrea, a escritora Isabel Dias e a fisioterapeuta especializada em assoalho pélvico Laura Della Negra.

A médica também pontuou uma queixa recorrente entre as mulheres: a de que estão com algum tipo de corrimento. “Muitas reclamam que a calcinha fica suja no final do dia.

Mas, na maioria das vezes, não têm outros problemas, como ardência, coceira ou um cheiro acentuado de peixe podre. É só um ‘corrimento’ que nunca melhora, desde a adolescência, mesmo utilizando cremes ou pomadas. Sempre que recebo um caso assim, após examinar, explico que se trata de uma secreção fisiológica, normal. Durante praticamente todo o dia vai estar saindo algum tipo de secreção da vagina”, explica.

Andrea alertou ainda que a higienização correta da região deve ser feita apenas com água. “Muitas mulheres têm esse hábito de fazer ducha para lavar, tirar o odor. Isso é péssimo, pois o ideal é mantermos nossa flora equilibrada. A limpeza deve ser ali por fora, na vulva, nas dobrinhas e com o mínimo de sabão, que tira a proteção natural da pele”. A profissional entende, no entanto, que não são todas as mulheres que reagem bem a ausência de sabão. “Sei que essa construção é mais difícil e que muitas se sentem ‘sujas’ sem ele. Então a recomendação é utilizar um com o PH mais próximo da vagina e evitar fazer a lavagem três, quatro vezes por dia, já que isso é prejudicial”.

DIA V, UNIVERSA
Entre os dias 22 e 23 de outubro, Universa apresenta o evento Dia V, uma série de painéis sobre saúde e sexualidade femininas. Realizado em ambiente 100% digital, o Dia V, que tem o patrocínio de Bayer, reune 18 mulheres, de diversas especialidades, para debater ciclos femininos, autoconhecimento íntimo, autonomia e liberdade sexual e anormalidades que demandam avaliações médicas, mas que nem sempre são encaradas como problema.

Quinta-feira (22), 10h
“Segredo, solidão, tabu: da menarca a menopausa”
Mediação: Lia Rizzo, jornalista e curadora do Festival Dia V
Participações: Mc Soffia
Kamilah Pimentel, mãe e empresária de Mc Soffia
Isabela Correia, ginecologista e obstetra
Taciana Fortunati, terapeuta menstrual
11h
“Sexo, autonomia e escolhas: onde começa ou deveria começar a liberdade”
Mediação: Mayumi Sato, CMO da Sexlog e colunista do UOL
Participações: Ana Canosa, terapeuta e educadora sexual
Ana Gehring, fisioterapeuta pélvica e criadora do perfil Vagina sem Neura
Yasmine Sterea, empreendedora social e CEO do Free Free

Sexta-feira (23), 10h
“A era do autocuidado íntimo: um papo sobre autoconhecimento e minimalismo”
Mediação: Camila Brandalise, repórter de Universa
Andrea Menezes, ginecologista e obstetra
Isabel Dias, escritora
Laura Della Negra, fisioterapeuta especializada em assoalho pélvico
11h
“Ser mulher dói? Não é normal se sentir mal!”
Mediação: Bárbara dos Anjos Lima, editora de Universa
Participações: Bruna Rocha, vice-presidente da ONG CDD
Thais Emy Ushikusa, ginecologista e gerente médica de saúde feminina da Bayer
Vivi Duarte, CEO da Plano Feminino

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