Psicóloga assassinada disse em vídeo que marido era ‘presente de Deus’

Um casal feliz, num relacionamento afetuoso e duradouro. Era assim que a psicóloga Roseneia Gomes Machado, de 61 anos, e o médico Antônio Carlos da Silva Pires, de 65, se apresentavam socialmente. Quando foi candidato a deputado estadual, em 2010, o ex-diretor do Hospital Pedro II gravou vídeo ao lado da mulher. Abraçada a ele e sorridente, Rose pedia votos no marido. Mas na quinta-feira (29) um trágico assassinato deu fim ao relacionamento de 30 anos, que já havia acabado há dois meses.

O clínico geral é suspeito de matar a ex-mulher dentro de um carro estacionado em um shopping no bairro de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Após atirar em Roseneia, o médico tirou a própria vida.

— Apresento meu marido, como presente de Deus na minha vida, para ser hoje o candidato de Deus neste mundo que está necessitando tanto de apoio político — declarava a psicóloga.

Naquela ocasião, concorrendo pelo Partido da República (PR), ele recebeu 3.020 votos e não conseguiu se eleger.

Tentaria novamente em 2018, em paralelo ao atendimento médico. O clínico geral se candidatou ao cargo de deputado estadual pelo Pros, mas conseguiu apenas 1.321 votos, não se elegendo. Na época, declarou um patrimônio de R$ 369.067 mil.

Médico Antônio Carlos da Silva Pires, de 65 anos, é suspeito de matar a ex-mulher, a psicóloga Roseneia Gomes Machado [Foto: Reprodução/Facebook]

Roseneia estava registrada no Conselho Regional de Psicologia desde 2014, ou seja, há seis anos era credenciada como psicóloga. A única filha dela seguiu a mesma profissão e trabalha como coach em Macaé, no Norte Fluminense.

Antônio Carlos estudou medicina na Faculdade Souza Marques e trabalhou no Hospital municipal Rocha Faria antes de iniciar sua gestão no Hospital municipal Pedro II, em 2008.

O crime

Antônio Carlos e Roseneia tiveram um último encontro dentro do carro, que estava no estacionamento de um centro comercial em Campo Grande, na Zona Oeste, local em que ela mantinha um consultório. O médico estava inconformado com a separação e procurou Rose para tentar uma reconciliação. Testemunhas disseram que o casal discutiu no estacionamento do estabelecimento na Estrada da Cachamorra, e, em seguida, tiros foram ouvidos. Os dois corpos foram achados dentro do automóvel, com marcas de tiros.

Roseneia Gomes Machado era psicóloga, tinha uma filha e seria avó em algumas semanas [Foto: Reprodução/Facebook]

A polícia ainda investiga se Roseneia foi alvo de uma execução planejada, ou seja, um feminicídio, ou aconteceu após mais uma tentativa de reconciliação. O casamento durou três décadas até a psicóloga pedir o divórcio, o que teria deixado o médico inconformado. Testemunhas relataram ter ouvido os dois discutindo no veículo, e, logo em seguida, escutaram os disparos. A psicóloga deixou uma filha, Bruna Gomes Machado, que está grávida de 26 semanas do seu primeiro filho e que seguiu os passos da mãe como profissão. [Capa: Reprodução/Facebook]

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