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Rei faz 80 anos! ‘O maior privilégio que eu tenho é ser amigo dele’, afirma Clodoaldo sobre Pelé

Por FÁBIA OLIVEIRA/O DIA

O maior jogador de todos os tempos, eleito o Atleta do Século, Rei do Futebol, essas são formas de chamar Edson Arantes do Nascimento, que completa 80 anos nesta sexta-feira (23). Privilégio grande para aqueles que o viram jogar, maior ainda para os que puderam atuar ao seu lado. Há quem ainda pode desfrutar disso tudo e chamá-lo de amigo. Esse é o caso especial de Clodoaldo, que atuou com ele por oito anos pelo Santos e pela seleção brasileira. Porém, suas trajetórias continuaram caminhando lado a lado, mesmo após a aposentadoria dos dois.

“Foram muitos momentos fantásticos. Joguei com ele oito anos, mas não foram só oito anos ao lado dele. Foram oito anos jogando, tendo esse privilégio, mas nós tivemos uma vida juntos, de companheirismo, mesmo após o fim da nossa carreira. Meu maior privilégio é ser amigo dele. Isso é muito gratificante, ter esse privilégio, de continuar fazendo parte da vida dele, isso é algo que não tem preço”, afirmou o ex-jogador, que tem 71 anos.

Seleção brasileira tricampeã do mundo em 1970 [Foto: Reprodução]

Clodoaldo começou a sua carreira em 1966, naquela época, Pelé já tinha 27 anos, era consagrado com muitos títulos pelo Santos e pela seleção brasileiro. No entanto, isso não impediu que os dois vivessem momentos especiais juntos, tanto dentro quanto fora de campo.

“Eu pude ver coisas incríveis ao lado dele. Em viagens, as pessoas lotavam os lugares para falarem com ele. Era outra época, as viagens eram muito desgastantes, mas ele sempre mostrou simplicidade, não deixava de atender ninguém. Ele parou uma guerra, é algo que somente quem viu sabe, algo extraordinário. Algo que fica até difícil falar”, relatou Clodoaldo.

Clodoaldo e Pelé fizeram história no Santos [Foto: Arquivo/Santos]

Ao lado de Pelé, Clodoaldo conquistou pelo Santos: quatro Campeonatos Paulistas (1967, 1968, 1969 e 1973), o Campeonato Brasileiro de 1968, a Supercopa Sulamericana dos Campeões Intercontinentais de 1968 e a Recopa dos Campeões Intercontinentais de 1968. Além da Copa do Mundo de 1970 pela seleção brasileira. A última vez que os dois se encontraram foi inclusive em uma homenagem ao próprio Rei do Futebol.

“A última vez que eu o encontrei foi ano passado, após um tempo que estávamos sem vê-lo. Eu e alguns companheiros de seleção brasileira fomos dar um abraço nele, no museu Pelé, foram alguns minutos, porque ele estava fazendo uma entrevista internacional. E então tivemos esse último contato. Recentemente tive a oportunidade de participar de uma chamada de vídeo ao lado do presidente da CBF, Rogério Caboclo, do Edinho, filho dele, com o Pelé há 10 dias. Fiquei muito feliz de poder cumprimentá-lo”, contou Clodoaldo.

Clodoaldo acredita que o futebol brasileiro precisa observar a data e analisar o que seria da sua história se aquele menino não tivesse aparecido na Copa do Mundo de 1958 iniciando uma era de ouro no esporte nacional.

“Eu creio que o futebol brasileiro precisa refletir tudo o que aconteceu, desde o aparecimento do menino Pelé em 1958, quando ninguém podia saber o que aconteceria. Foi um espanto no mundo e apenas o começo do que seria o futebol brasileiro do que seria daquela data em diante. O futebol brasileiro teve uma geração antes do Pelé, uma geração com o Pelé e uma após o Pelé. É difícil saber como seria o futebol brasileiro sem o Pelé. Uma pergunta difícil de se responder”, disse.

Nesta data especial, o ex-jogador só tem palavras de agradecimento por tudo que Pelé fez na sua vida e também na história do futebol brasileiro. “Eu sempre que tenho a oportunidade de falar com ele eu falo: gratidão, porque eu creio que seja algo que tenha tudo a ver com ele. Nessa data, é uma palavra que tudo cai bem, por tudo que fez pelo futebol, pelos companheiros e pelo país. É uma data que o mundo inteiro está falando dos oitenta anos que ele está fazendo”, finalizou. [Foto: Divulgação/CBF]

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