Sem internet no celular? Até a Lua terá rede 4G; entenda projeto audacioso

Conseguir uma boa conexão 4G em muitas cidades no mundo ainda pode ser considerado um luxo, mas, em breve, astronautas que viajarem para a Lua terão a sua disposição uma rede móvel de alta velocidade.

Nesta segunda-feira, a Nokia anunciou parceria com a Nasa para a instalação da primeira rede 4G na Lua, que deve entrar em operação em 2022. A empresa finlandesa irá fornecer tecnologia para a construção de uma solução “ultracompacta, de baixo consumo de energia, resistente ao ambiente espacial” na superfície do satélite.

A missão será executada em parceria com a start-up Intuitive Machines, que está desenvolvendo robôs autônomos para exploração lunar. Segundo a Nokia, os equipamentos serão enviados para o satélite e, após o pouso, irão se autoconfigurar para o estabelecimento da rede.

Como na Terra, o 4G lunar facilitará a comunicação dos astronautas, mas as aplicações vão muito além de telefonemas e publicação de selfies em redes sociais. A construção da rede faz parte de um ambicioso projeto da Nasa de instalar uma base lunar até 2028, para sustentar a presença humana.

Para este fim, a agência espacial americana está investindo US$ 370 milhões em parcerias com diversas empresas para o desenvolvimento de tecnologias adaptadas para o espaço, como geração de energia remota, robótica, congelamento criogênico e o 4G.

— Redes de comunicação confiáveis, resilientes e de alta capacidade serão chave para a presença humana sustentável na superfície lunar — afirmou Marcus Weldon, diretor de tecnologia da Nokia.

Segundo a companhia, a rede irá fornecer capacidade de comunicação para diferentes aplicações de transmissão de dados, como funções de comando e controle, acionamento remoto de robôs, navegação em tempo real e streaming de vídeos em alta definição.

A rede lunar consiste de uma Estação Rádio Base, equipamentos para uso dos astronautas, antenas de rádio frequência e softwares de operação e manutenção.

Mas diferente da tecnologia utilizada na Terra, a solução foi “especialmente desenvolvida para suportar as duras condições de lançamento e aterrissagem, e para operar nas condições extremas do espaço”. Além disso, a rede deve respeitar os limites de peso, tamanho e consumo de energia da exploração espacial.

Na Terra, estamos no momento de instalação do 5G, mas a tecnologia foi descartada pela Nasa pela falta de experiência de uso. O 4G já tem uso comercial há mais de uma década, e se mostrou confiável. Mas a Nokiz diz “perseguir aplicações espaciais para a tecnologia sucessora do 4G, o 5G”. [Foto de capa: Marcelo Theobald/Agência O Globo]

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