Após a fala do candidato Tião Bocalom (Progressista) em entrevista concendida à imprensa local nesta quarta-feira (26), defendendo o retorno das crianças às escolas, mesmo com o avanço da pandemia do coronavírus em Rio Branco, o coordenador do Comitê Municipal de Enfrentamento a Covid-19, Osvaldo Leal, esclareceu que ter os pequenos nas unidades educacionais, no momento, é um risco.
“A criança na escola, embora seja na maioria absoluta dos casos assintomática e transmissora ruim do vírus, envolve intensa mobilização de trabalhadores da educação e afins, em grande medida são do grupo de risco e necessitam de cuidados e proteção. Essa mobilidade maior também implica em maior exposição do núcleo familiar expondo principalmente idosos”, esclareceu o médico.
Bocalom disse que “crianças não têm tanto problema com covid” e que “precisamos pegar covid também para ficar imunizados”.
“Olha só, o que a gente precisa ver nisso tudo aí é que as crianças, por exemplo, não têm tanto problema com covid. A gente sabe que precisamos pegar covid também pra poder ficar imunizado. Porque se não pegar o que vai acontecer: o governo federal não tem dinheiro pra dar pro povo que não pode trabalhar. O povo tem que trabalhar. Quantas empresas quebraram porque as empresas não foram trabalhar. Nós temos que repensar isso que foi feito. Esse protocolo nós temos que repensar. Vou chamar o governador e vamos repensar esse protocolo”, argumentou o progressista.
Osvaldo, em resposta, acrescentou ainda que a reinfecção já é um fato na capital acreana e que a possibilidade de um colapso no Sistema Único de Saúde (SUS) é real.
“Hoje temos oficialmente 3,7% da população de Rio branco que foi infectada e com todo esforço da saúde temos 450 óbitos, incluindo um quase colapso. Imagine a quantidade de mortos que teremos para atingir 70% da população? São quase 20 vezes mais (no min. aprox. 9.000 óbitos). Considerando que o sistema de saúde vai dar conta de todos estes doentes ao mesmo tempo. E tem um agravante. A imunidade não é duradoura. O que significa que quem teve covid pode pegar de novo a doença. Aí é que essa tese não se sustenta e se revela ainda mais cruel”, finalizou.