Rosana Aparecida Santos, de 47 anos, é uma das sobreviventes do acidente que aconteceu ontem, perto de Taguaí, em São Paulo. A revisora de costura relatou que, após a batida entre um ônibus e um caminhão, teve que passar por cima de mortos.
“Foi muito rápido. Não senti nada batendo em mim. Peguei minha bolsa, levantei e saí pelos fundos, que estava aberto. Tive que passar por cima de várias pessoas mortas e outras agonizando”, relatou ela, em entrevista à Época.
Ao todo, 41 pessoas morreram no acidente e 11 ficaram feridas. Rosana estava sentada em uma poltrona no meio, ao lado oposto do motorista, e afirmou que sentiu o veículo balançar após uma tentativa de ultrapassagem. Ela se levantou e viu a colisão.
“Foi uma ultrapassagem proibida por parte do motorista. Ele estava muito encostado no caminhão da frente e, mesmo assim, sem visibilidade, ultrapassou. Quando senti o balanço do ônibus, levantei do banco, percebi que o motorista do caminhão tentou tirar pro lado, mas não conseguiu, não deu tempo. O ônibus ficou completamente destruído no lado do motorista, e o caminhão foi parar a uns 50 metros, num barranco”.
Depois da batida, Rosana ficou consciente e sem sangramentos. Entre os 11 feridos, cinco receberam alta até agora. Dos seis que ainda seguem internados, um está no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, dois estão na Santa Casa de Avaré, um no Pronto-socorro de Avaré e dois na Santa Casa de Itaí. Todas as unidades estão no interior de São Paulo.
Maior acidente do ano
A Polícia Militar trata o acidente como o maior do ano, de acordo com o tenente Alexandre Guedes. O Corpo de Bombeiros de Piraju recebeu o primeiro chamado para atender a ocorrência às 6h45. O DER (Departamento de Estradas e Rodagem) informou que esse foi o primeiro acidente fatal no trecho da Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho entre Taguaí e Taquarituba em dez anos.
Segundo apuração preliminar da Polícia Civil, o acidente teria sido causado por falha humana.