A Anvisa anunciou nesta quinta-feira (12) que será realizada missão de inspeção da agência à China, com objetivo “de verificação do cumprimento das boas práticas de fabricação” nas instalações das empresas Sinovac Life Sciences Co e da Wuxi Biologics Co.
A primeira é a fabricante dos insumos utilizados pelo Instituto Butantan na produção da Coronavac e a segunda do material utilizado pela Fiocruz Bio-Manguinhos para a fabricação da vacina da AstraZeneca com a Universidade de Oxford.
As visitas às fábricas ocorrerão de 30 de novembro a 4 de dezembro, no caso da Sinovac (localizada em Pequim), e 7 a 11 de dezembro no caso da Wuxi Biologics (localizada em Wuxi).
“A certificação das boas práticas de fabricação é requisito indispensável para eventual registro das vacinas contra Covid-19 que utilizam insumos produzidos nessas instalações. Tendo em vista a exigência de cumprimento de quarentena para todos os viajantes que chegam à China, os inspetores da Anvisa partirão do Brasil na sexta-feira (13) com chegada prevista na China em 15 de novembro”, afirmou a Anvisa, em nota.
Nesta segunda-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou que os estudos com a vacina chinesa seriam suspensos após um “evento adverso grave” durante a fase de testes. O evento grave informado na nota da Anvisa foi a morte de um voluntário. Mas, segundo boletim de ocorrência registrado em São Paulo, o óbito não tinha relação com os ensaios, deu-se em decorrência de um suicídio.
No dia seguinte à suspensão pela Anvisa, nesta terça-feira, a farmacêutica estatal da Indonésia, Bio Farma, declarou que os ensaios clínicos não foram e nem devem ser interrompidos no país, mesmo após o anúncio do Brasil. A declaração foi dada por Edwin G. Pringadi, porta-voz da empresa que se juntou à Sinovac, a farmacêutica chinesa, para conduzir os testes em cerca de 1.600 voluntários na província de Java Ocidental. [Capa: Thomas Peter/Reuters]