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Aos 27 anos, João Campos, do PSB, é eleito prefeito mais jovem do Recife

Por G1

João Campos, do PSB, foi eleito, neste domingo (29), prefeito do Recife para os próximos quatro anos. Aos 27 anos, ele é o mais jovem a se eleger prefeito na cidade. Com 96,09% das urnas apuradas, João Campos tinha 56,21% dos votos (428.922 votos) contra 43,79%, ou 334.140 votos, de Marília Arraes (PT).

Perfil

Recifense, João Henrique de Andrade Lima Campos tem 27 anos e é deputado federal em primeira legislatura e vice-líder do PSB na Câmara dos Deputados. Ele tem um patrimônio declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de R$ 242.769,80.

Filho do ex-governador Eduardo Campos, João Campos se formou em engenharia civil pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 2016.

João Campos assumiu o cargo de chefe de Gabinete do governo de Pernambuco, em 2016, durante o mandato do governador Paulo Câmara. João é vice-presidente nacional de Relações Federativas do Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Em 2018, se candidatou pela primeira vez e foi eleito deputado federal pelo PSB. Ele é um dos vice-líderes do partido na Câmara dos Deputados.

Com a vitória de João Campos, é a sétima vez que o PSB conquista o cargo de prefeito da capital pernambucana. Antes dele, Pelópidas Silveira foi prefeito três vezes (1946, 1955-1960 e 1963-1964), Jarbas Vasconcelos uma vez (1986-1988) e Geraldo Julio duas vezes (2013-2016 e 2017-2020).

A vice de João é Isabella de Roldão (PDT), que tem 45 anos. Os dois fazem parte da coligação Frente Popular do Recife, formada pelos partidos MDB, Rede, PCdoB, Solidariedade, Pros, PV, Avante, Republicanos, PP, PDT, PSD e PSB.

Campanha

João e Marília são primos de segundo grau. Ela é filha de Marcos Arraes de Alencar, que é irmão de Ana Arraes de Alencar, ambos filhos do ex-governador Miguel Arraes. Ana, por sua vez, é a mãe de Eduardo Campos, também ex-governador de Pernambuco, pai de João Campos.

Durante o primeiro turno, João Campos liderou todas as pesquisas de intenção de voto realizadas pelo Ibope e pelo Datafolha. Marília chegou a ficar em terceiro lugar, atrás de Mendonça Filho.

Quando a apuração dos votos do primeiro turno terminou, João Campos teve 233.028 votos, o que corresponde a 29,17%, e terminou em primeiro lugar. Marília Arraes havia recebido 223.248 votos, o equivalente a 27,95%, e estava em segundo lugar.

No segundo turno, Marília chegou a liderar as primeiras pesquisas realizadas pelos institutos Ibope e Datafolha, mas foi ultrapassada por João na semana seguinte no Ibope, mantendo a liderança no Datafolha. No sábado anterior à votação, ele tinha 50% de intenção de voto nas duas pesquisas, enquanto ela também somava 50% em ambos os levantamentos.

O segundo turno foi marcado por trocas de acusações entre os candidatos do PSB e PT. Marília Arraes disse que o adversário escondia as gestões do prefeito Geraldo Julio e do governador Paulo Câmara, ambos do PSB, afirmou que o primo não tinha experiência para ocupar a prefeitura e sugeriu que ele não tinha vontade política para buscar recursos e concretizar propostas.

João Campos afirmou que a adversária não reconhecia o trabalho feito na cidade, colocava “gosto ruim” nas obras socialistas e prometia ações que não podia cumprir.

Propostas

Entre as principais propostas de João Campos, apresentadas durante a campanha, estão: construir o Hospital da Criança, duplicar o número de vagas nas creches municipais, criar três centros voltados para empreendedores, aumentar o número de unidades do Compaz, ampliar as faixas azuis (exclusivas de ônibus) e investir mais de R$ 50 milhões em áreas de morro.

Ele também prometeu triplicar trecho da BR-232, construir um parque na Zona Sul, investir em tecnologia para combater corrupção, criar centros para acolher pessoas sem-teto e fazer parcerias com igrejas na assistência social.

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