Outro dia, li matéria em que um dito e diplomado cientista político afirma, com empáfia, a necessidade do presidente Bolsonaro trocar de ministro do Meio Ambiente e das Relações Internacionais, afinal Biden havia derrotado o presidente Trump. Pelo raciocínio torto do douto acadêmico, o presidente Bolsonaro deveria abrir mão dos seus princípios, dos seus compromissos de campanha, da sua agenda liberal conservadora no meio ambiente e nas relações internacionais e passar a agir sob os ditames do novo presidente dos EUA e seus lacaios de extrema esquerda autodenominados de progressistas.
O acadêmico está a pedir vassalagem e submissão. Creio, infelizmente, que o professor tenha tão somente externado uma mentalidade prevalente nos bancos universitários. Afinal, as universidades brasileiras estão doentes: foram tomadas pelo vírus do politicamente correto, embebidas durante décadas de marxismo vulgar e obsolescência científica.
Ora, é justamente contra os ideários progressistas e globalistas que o Brasil do governo Bolsonaro se insurge de forma altiva e assustadora para os que caem em lorotas verdes e no perigoso pragmatismo amoral das relações entre as nações. É o que pregam! Deixemos de crescer, produzir, avançar em nome de uma preservação radical da natureza em detrimento do desenvolvimento do homem. Queremos isso? Cederemos nossa autonomia e soberania para deixarmos os progressistas americanos e europeus decidirem o uso de nosso território? Biden ofereceu ao Brasil plata o plomo ao melhor estilo dos gângsteres.
Será que devemos continuar afirmando nossa soberania e propagando a verdade de um país que preserva mais de dois terços do seu território com vegetação nativa, ou simplesmente implementar a vassalagem e entregar nossa autonomia por troca de dinheiro? Biden ofereceu 20 bilhões de dólares para não tocarmos na floresta Amazônica ou sanções terríveis atingiriam o nosso país.
Engraçado mesmo é ver pessoas que no passado recente acusavam o presidente Bolsonaro de submissão ao presidente Trump, clamarem, antes mesmo de Biden oficialmente virar presidente, a mais completa e abjeta adesão aos ideários esquerdistas, à vassalagem e à submissão covarde e asquerosa.
Quem abdica de valores em nome de um pragmatismo amoral de amor ao dinheiro arrisca a alimentar o mal. Exemplos históricos são abundantes. Hoje, alimentamos a China que é uma tirania comunista dominada por partido único há mais de 70 anos. É evidente que valores e ideologias estão em jogo vibrante no mundo. Não é possível apagar tal evidência das relações internacionais. Quando o PT governou implementou sua mentalidade e ideologia em todas as relações internacionais. Empréstimos vultosos foram dados a tiranias comunistas por todo o mundo. O PT avermelhou e apequenou as nossas relações com as outras nações.
Creio que os ministros Ricardo Salles e Ernesto Araújo fazem um trabalho vigoroso de enfrentamento ideológico à mentalidade anticapitalista, anticristã e pseudo científica que atua no país em nome do atraso e da destruição dos valores ocidentais e cristãos. São valiosos pela coragem de enfrentar forças globalistas que operam sempre a partir da mentira e do engano. O país precisa cada vez mais de coragem política para não cair ajoelhado e rezar cartilhas globalistas-progressistas que nos levarão ao caos, à pobreza e às guerras.
*Marcio Bittar é senador pelo Acre