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Assistência Social atuante no enfrentamento da vulnerabilidade social em Rio Branco

Por REDAÇÃO CONTILNET

Além de orientações do CAD-Único e programas sociais, como o Bolsa Família, a rede socioassistencial rio-branquense oferta serviços psicossociais que mudam vidas.

Ao dialogar diretamente com pessoas, a política de assistência social gerida pela prefeitura de Rio Branco tem promovido, na capital acreana, uma rede socioassistencial mais próxima de famílias e grupos que se encontram em situação de vulnerabilidade social.

O Centro de Referência de Assistência Social (Cras) localizado na Regional da Sobral, um dos oitos existentes no município, é um modelo na importância do emprego de recursos públicos no enfrentamento aos desafios que surgem do aumento das demandas sociais, agravadas pela crise política, econômica e sanitária, sendo esta última causada pelo novo coronavírus.

“O coração do serviço do Cras, é o que realizamos através do Programa de Atendimento Integral à Família – PAIF, onde fazemos planejamento familiar, de acordo com a necessidade de cada família, os técnicos avaliam se as mesmas podem ser inseridas em acompanhamentos ou atendimentos. Para que assim as famílias referenciadas possam superar a situação de vulnerabilidade”, contou Cosma Gabriel gestora do Cras – Sobral.

Cuidando de quem precisa

“Aqui (na unidade do Cras) temos a ofertas de serviços sociais no acompanhamento de famílias e acompanhamentos individuais, que possibilitem o empoderamento dos mesmos, o fortalecimento dos vínculos familiares, comunitários e o cuidado com crianças e adolescentes”, pontuou a gestora.

Assim, como os demais Cras presentes em Rio Branco, o Cras – Sobral não parou o atendimento durante esta pandemia causada pela covid-19. Apesar de suspender os atendimentos coletivos, a Assistência Social do Município seguiu o cuidado com seus públicos, conforme determinado pela prefeita Socorro Neri.

“Devido à pandemia, a gente seguiu acompanhando mesmo que de forma remota. Criamos grupos no WhatsApp para seguir próximo aos cidadãos atendidos, conforme vamos retomando o atendimento presencial, seguimos todo o protocolo de saúde para segurança de todos”, contou Cosma.

A dona de casa, Elisangela Ferreira, beneficiária do Bolsa Família, estava cedo na unidade. “Eu vim fazer minha atualização cadastral porque mudei, há pouco tempo, e agora tenho uma filha. Vim também conhecer mais sobre os serviços aqui da regional”, disse e ressaltou “o Cras, ele tem muito importância na vida das pessoas que precisam”.

Mais inclusão

Ao ofertar serviços para 22 bairros urbanos e diversas comunidades rurais, localizadas ao longo do KM 100 da Transacreana, o Cras da Sobral realiza mais de 20 mil por ano e tem mais de 5 mil famílias referenciadas.

“Essa Regional tem milhares de famílias que muitas vezes não têm uma porta tão próxima. Então, esses serviços ofertados aqui (na unidade) possibilitam atendimentos a essas famílias, onde a política pública social se faz presente mudando vidas. Seja onde estas pessoas enfrentem violência, ou seja, qual for a situação risco. Isso através do olhar direto no acompanhamento dos mesmos”, enfatizou Pedro Alexandre Farias, diretor de Direitos Humanos da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos – SASDH.

Foi com esse olhar atento às necessidades da população em situação de vulnerabilidade, que neste contexto de pandemia, a prefeitura de Rio Branco realizou um processo seletivo para contratação temporária com atuação na assistência social. Motoristas, agentes sociais, visitadores do Programa Criança Feliz, psicólogos, assistentes sociais, pedagogos, visitadores, coordenadores e supervisores do Programa Criança Feliz foram contratados.

Entre os novos profissionais, está a psicóloga Iuna Barros Chaves, que também é técnica em interpretação de Libras e possibilitou mais inclusão. “Com esse reforço da Iuna, mais pessoas são atendidas pelo Cras” disse, Cosma. Para Iuna, o conhecimento abriu mais portas a pessoas, que além dos riscos da situação de vulnerabilidade também enfrentam os desafios impostos por deficiências.

“Ainda há muito a ser construído no atendimento psicossocial para maior inclusão de pessoas com deficiências. A maioria destas pessoas não tem conhecimento dos seus direitos. Por isso, a importância do trabalho que realizamos, onde levamos esse conhecimento e atendimento a quem precisa”, ponderou Iuna.

Rede socioassistencial

Atualmente a rede de proteção social existente no município de Rio Branco conta com oito Centros de Referência de Assistência Social (Cras) , dois Centros de Referência Especializados  de Assistência Social (Creas), um Centro de Referência Especializado para população em situação de rua (Centro POP), duas unidades de acolhimento para adolescentes, uma unidade de acolhimento para população em situação  de rua, e recentemente, a gestão municipal implantou uma unidade de acolhimento para migrantes. Também integram a rede: treze entidades socioassistenciais, inscritas no Conselho Municipal de Assistência Social e, nacionalmente, vinculadas ao Sistema Único de Assistência Social – o SUAS.

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