Carrefour é destruído durante protesto após morte de João Alberto; veja vídeos e imagens

A Marcha da Consciência Negra deste ano, na capital paulista, foi puxada pelo sentimento de revolta após o assassinato de João Alberto Silveira Freitas, espancado até a morte numa filial da rede de supermercados Carrefour em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, na noite desta quinta-feira. Gravado em um vídeo que circulou pelas redes sociais, o crime motivou protestos em todo o país. No bairro dos Jardins, em São Paulo, um ato acabou em depredação de uma loja do Carrefour.

Após um início pacífico, alguns manifestantes começaram a atirar objetos e a destruir vidraças da fachada da loja na Rua Pamplona, uma das áreas mais nobres da cidade. Em seguida, invadiram o local, quebraram produtos e chegaram a atear fogo no interior do supermercado.

Carros no estacionamento também foram depredados. Clientes que realizavam compras no momento do protesto tiveram de se refugiar no fundo do estabelecimento.

Depois do pedido dos organizadores para os manifestantes interromperem a depredação do supermercado, a manifestação foi encerrada. A Tropa de Choque chegou quando a multidão dispersava.

As imagens da agressão contra o homem em Porto Alegre:

A manifestação teve início na Avenida Paulista, em frente ao Masp, e tinha por objetivo protestar contra a morte de Freitas e pedir justiça racial no país. O ato foi organizado pelo Movimento Negro Unificado (MNU), Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen) e outros coletivos do movimento negro.

Além de lideranças do movimento negro, discursaram vários parlamentares, como a deputada estadual Mônica Seixas (PSOL), a vereadora recém-eleita Erika Hilton (PSOL) e Orlando Silva (PCdoB), candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo.

Após os discursos, os ativistas iniciaram uma marcha até uma loja do Carrefour. A unidade foi escolhida por, segundo os organizadores, ser a maior da região e estar localizada em um bairro de classe alta, instalada em um shopping chamado Jardim Pamplona.

– A nossa avaliação é que a XVII Marcha Da Consciência Negra de São Paulo demonstrou a força que o povo negro e o movimento negro da cidade tem e que não vai se furtar de denunciar o racismo e todas as violências que nós sofremos em todas as instâncias da nossa vida. Nós nunca saímos das ruas e também sempre apresentamos as nossas posições políticas para construir uma sociedade realmente igualitária e isso passa por cobrar grandes empresas do racismo que acontece cotidianamente em suas dependências – declarou Luka Franca, uma das organizadoras do ato.

Os organizadores não quiseram comentar os atos de vandalismo contra a loja do Carrefour. [Capa: Edilson Dantas/Agência O Globo]

Galeria de imagens:

João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi espancado e morto por dois homens brancos – sendo um policial –, em Porto Alegre [Foto: Reprodução/Redes sociais]
Carrefour de SP destruído após protesto [Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo]
Comunicado informa aos clientes que o Carrefour onde Beto foi assassinado não funcionará [Foto: TheNews2/Agência O Globo]
Manifestante chuta porta onde está escrito 'bem-vindo' [Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo]
Vidraça do supermercado foi alvejada [Foto: Edilson DantasAgência O Globo]
Manifestantes atearam fogo no interior da loja no Jardins, bairro nobre de São Paulo [Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo]
Funcionário apaga fogo de incêndio com extintor [Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo]
Manifestação começou na Avenida Paulista e chegou à Rua Pampola, nos Jardins, onde há uma filial do Carrefour [Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo]
A revolta pelo assassinato de João Alberto, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, se espalhou pelo país [Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo]
A revolta pelo assassinato de João Alberto, em Porto Alegre (RS), se espalhou pelo país [Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo]
Revoltada, manifestante joga produtos no chão [Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo]
Gôndulas foram derrubadas [Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo]
Funcionário passa por fumaça em corredor que foi incendiado [Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo]
Vidraças foram alvos da revolta dos manifestantes [Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo]
Homem ergue punho cerrado em protesto pelo assassinato de Beto, no supermercado da rede Carrefour, no bairro Passo d'Areia, em Porto Alegre (RS) [Foto: Sílvio Ávila/AFP]
Pessoas protestam em frente ao Carrefour onde Beto foi assassinado por dois homens brancos – um deles é policial militar [Foto: Sílvio Ávila/AFP]
Jorge Luiz Ritta de Oliveira, 45, ergue punho cerrado em protesto em frente ao supermercado Carrefour, onde Beto foi espancado até a morte por seguranças [Foto: Diego Vara/Reuters]
Mulher ergue o punho cerrado ao passar de carro pelo protesto no Carrefour [Foto: Sílvio Ávila/AFP]
Uma mulher branca e uma negra protestam em frente ao Carrefour onde Beto foi assassinado [Foto: Diego Vara/Reuters]
Homem tira selfie em frente à cartaz pedindo justiça por Beto, homem negro assasinado brutalmente às vésperas do Dia da Consciência Negra [Foto: Diego Vara/Reuters]
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