24 de abril de 2024

Conheça o rato africano com veneno capaz de matar humanos e derrubar elefantes

Á primeira vista, o Lophiomys imhausi, roedor mamífero conhecido como rato-de-crista africano, pode não parecer tão perigoso.

Com tamanho diminuto, chegando a pesar menos de 1kg na fase adulta, ele se parece com os ratos encontrados nas grandes cidades.

Porém, seu veneno superpoderoso, capaz de derrubar elefantes e até matar seres humanos, faz dele uma ameaça silenciosa.

Pesquisadores da Universidade de Utah e do Instituto de Biologia da Conservação Smithsonian, ambos nos EUA, realizaram um estudo em parceria com cientistas do Museu Nacional do Quênia para entender mais sobre o rato-de-crista africano e, principalmente, sobre a potente toxina que ele carrega.

Os resultados, publicados na revista científica Journal of Mammalogy, mostraram que a espécie consegue sequestrar toxinas de plantas para produzir sua defesa química .

O processo ocorre da seguinte forma: ao roer os galhos de árvores venenosas, ele armazena o veneno na língua e depois passa a saliva por sua pelagem, montando assim um ” escudo ” contra possíveis predadores.

“Queríamos confirmar se esse comportamento eral real e, ao longo do caminho, além de obter resultados sobre o sequestro de toxina , também conseguimos evidências do comportamento social destes animais. São descobertas que trazem implicações para a conservação deste rato indescritível”, afirmou Sara Weinstein, uma das autoras do estudo.

A análise de Weinstein trata exatamente de uma descoberta feita pela equipe sobre a forma como o rato-de-crista africano socializa com outros integrantes da espécie.

Além de confirmar o poderio do veneno, que é capaz de matar presas muito maiores com poucos miligramas, eles identificaram que os animais vivem de maneira monogâmica, algo raro em mamíferos .

“Colocamos dois espécimes juntos no recinto de observação e eles começaram a interagir, ronronando e se acariciando. Isso foi uma grande surpresa, já que pensávamos que estes eram animais de hábitos solitários. Assim, tivemos a oportunidade de estudar suas interações sociais e aprender mais sobre eles”, finalizou a pesquisadora.

 

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