Ícone do site ContilNet Notícias

Filha do cantor Belo é presa acusada de integrar quadrilha de golpes eletrônicos

Por O GLOBO

A filha caçula do cantor Belo, Isadora Alkimin Vieira, de 21 anos, foi uma das 12 mulheres presas, nesta quarta-feira, pela Delegacia de Combate às Drogas (DCOD). Ela é acusada de  uma quadrilha especializada em golpes por meio eletrônico, ligada à maior facção criminosa do Estado do Rio.

Belo, que tem outros três filhos, se disse “muito surpreso e arrasado” com a prisão da caçula, que é estudante de Odontologia.

— Eu não sabia de absolutamente nada, falei com ela semana passada por telefone e ainda perguntei de tudo, da faculdade e tal. Dei sempre todo suporte como pai, pensão, faculdade, educação e amor. Me sinto muito triste e quero ser respeitado nesse momento – disse ele.

Segundo a Polícia, Isadora e outras 11 mulheres são suspeitas de serem as responsáveis por induzir as vítimas a repassarem seus dados bancários e a entregarem seus cartões a outros integrantes do grupo, no caso, motoboys que pegavam os objetos, para, posteriormente, serem utilizados. Estima-se que o valor com os golpes varie entre R$ 600 mil a R$ 1 milhão por mês.

A prisão da quadrilha, na manhã desta quarta, foi feita em flagrante. Através de uma denúncia anônima, policiais da DCOD encontraram, em um endereço na Barra da Tijuca, Zona Oeste, a “central” de golpes. Com Isadora, foi apreendido um iPhone avaliado em R$ 4 mil e um notebook. Ela vai responder judicialmente pelo crime de organização criminosa.

Em abril, a filha de Belo fez uma homenagem em suas redes sociais para o cantor. “Pai, gostaria de te escrever mil coisas, mas só posso dizer obrigada por tudo, por me ensinar respeito com as pessoas, humildade, simplicidade e amor. Obrigada por tudo que sempre fez por mim, apesar de todos pesares conte comigo para o que precisar, pois seja o que for estarei sempre aqui. Espero que essa data se repita por um milhão de anos. Um beijo da sua filha que tanto te ama e te admira. Feliz aniversário”, escreveu Isadora.

Golpes abasteciam o tráfico de drogas da Maré

O setor de inteligência da Delegacia Especializada apontou que os líderes de facção criminosa, que atua no Complexo da Maré, têm utilizado as fraudes bancárias como um novo ramo e braço para abastecer o tráfico de drogas e diversificar as atividades ilícitas já praticadas pelo grupo. De acordo com as investigações, existem núcleos operacionais em diversos endereços da cidade, inclusive no interior das comunidades.

O “novo negócio” ilícito se soma ao roubo de cargas, roubo, receptação e clonagem de veículos e tráfico de armas que já para abastecer a organização criminosa, que passou a receber grande percentual sobre o proveito obtido com fraudes bancárias, em troca de disponibilização de mão de obra e proteção.

Além da prisão das 12 mulheres, também foram aprendidos 11 notebooks, nove máquinas de cartão, 50 cartões de créditos, telefones celulares, além de outros materiais utilizados nos crimes.

Sair da versão mobile