Labrador resgatado em alto-mar tem reencontro emocionante com seu dono

O sábado (7) nublado não ofuscou a alegria do entregador de roupas Wiliiam Souza. O rapaz de 19 anos, após três dias angustiantes, pode abraçar seu cachorro, o labrador Flock, após seu desaparecimento. O reencontro aconteceu no Quadrado da Urca, parada de barcos, por ter sido um pescador a encontrar o cão, que estava no mar, perto das Ilhas Cagarras.

– Desde o momento em que entrei no barco, assoviei e ele já foi levantando a orelha e balançando o rabo, meu coração disparou. Flock veio na minha direção, mordeu a coleira que estava na minha mão, indicando que queria que eu a colocasse nele. Fiquei bastante emocionado – contou William, morador da comunidade Cerró Corá, no Cosme Velho.

O entregador acredita que seu cão se perdeu ao tentar ir atrás dele [Foto: Guilherme Pinto/Agência O Globo]

O rapaz estava acompanhado da namorada, amigos e familiares. Todos fizeram a maior festa ao verem o cão. William agradeceu aos pescadores, que deram comida e água para Flock.

– O pescador disse que ficou impressionado com o quanto ele nadou. Foi de Copacabana até as Cagarras. Foi lá que o pescador ouviu o latido. Quando parou o barco, Flock entrou no mar e foi resgatado – relatou o dono do cachorro, que acredita que o animal tenha fugido de casa para segui-lo: – Acho que ele foi pela faro me seguindo. Eu trabalho em Botafogo, em uma lavanderia, e ele foi visto lá. Mas acho que ficou desnorteado com barulho, aglomeração, porque ele não é de rua, fica mesmo em casa. E acabou indo para Copacabana. Por algum motivo que não sei, ele entrou no mar.

William com o pescador que resgatou Flock [Foto: Guilherme Pinto/Agência O Globo]

Após o reencontro, Flock recebeu tratamento vip: foi para um pet shop tomar um belo banho. Depois, foi levado ao veterinário para saber sobre condição de saúde.

– Foi constatado que ele está bem, apenas cansado. E que perdeu peso esses dias. Mas, agora, estamos todos juntos, ele vai recuperar o que perdeu – disse o entregador, que viu a vida volta a lhe sorrir: – Eu não tinha mais vontade nem de trabalhar. Mas tinha que, aos trancos e barrancos, seguir em frente. Agora, está tudo bem, o final não poderia ter sido mais feliz. [Capa: Guilherme Pinto/Agência O Globo]

PUBLICIDADE