19 de abril de 2024

‘Quero saber se esse país usou a vacina lá no seu país’, diz Bolsonaro sobre CoronaVac

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (12) que quer saber se a China usou a vacina contra covid-19, CoronaVac — produzida pela empresa chinesa SinoVac Biotech, em parceria com o Instituto Butantan, no Brasil —, antes da sua eventual aprovação no país. Na quarta, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a retomada da vacina, após “após avaliar os novos dados apresentados”.

Na segunda-feira à noite, a agência anunciou que os estudos seriam suspensos após “evento adverso grave” durante a fase de testes da vacina. O GLOBO apurou que o evento grave informado na nota da Anvisa foi a morte de um voluntário. De acordo com boletim de ocorrência registrado em São Paulo, a morte deu-se em decorrência de um suicídio.

Durante transmissão ao vivo pela internet, Bolsonaro falava de remédios usados para combater o novo coronavírus, que não têm a eficácia cientificamente comprovada, quando perguntou por que não se investe também na cura, e não apenas na prevenção.

— A vacina parece que tem alguma coisa esquisita aparecendo por aí… Não vou falar aqui para evitar polêmica, falar que eu estou politizando a questão da vacina — comentou.

Depois de dizer que a CoronaVac “é da China”, o presidente afirmou que a decisão sobre a vacina no Brasil será do Ministério da Saúde e da Anvisa, responsável pela certificação. E passou a fazer insinuações contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), sem citá-lo diretamente.

— Da minha parte, havendo a vacina comprovada pela Anvisa e pelo Ministério da Saúde, a gente vai fazer uma compra, mas não é comprar no preço que um cabloco aí quer. Tá muito preocupado um caboclo aí que quer que essa vacina seja comprada a toque de caixa. Não é assim não. Nós vamos querer a planilha de custo, uma série de… — declarou.

Na sequência, reconhecendo que o processo não compete a ele, Bolsonaro disse que quer saber “se esse país usou a vacina lá no seu país”.

— É igual armamento, quando se fabrica o armamento em qualquer país do mundo, o país que quer comprar fala o seguinte: “O seu Exército tá usando esse armamento? Se tá usando, é sinal que ele é bom, vamos usar aqui também. Então vamos comprar isso aí”. Então é coisa simples. E, no que depender de mim também, a vacina não será obrigatória. No que depender de mim — complementou. [Capa: Pablo Jacob/Agência O Globo]

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