Saiba quem é brasileira que fará parte da força-tarefa de Biden contra a covid-19

Uma brasileira vai fazer parte da força-tarefa anunciada pelo presidente eleito dos EUA, Joe Biden, nesta segunda-feira (9). Médica especializada em biodefesa, Luciana Borio foi convidada a se juntar ao time de 13 especialistas que atuará na frente de combate à  pandemia de coronavírus durante a transição de governo.

Borio, que vive nos EUA desde o final dos anos 1980 e é formada pela Escola de Medicina e Ciências da Saúde da Universidade George Washington, começou a trabalhar no governo americano durante a Presidência de George W. Bush, depois dos ataques de 11 de Setembro, e assumiu posições de liderança nos mandatos de Barack Obama e Donald Trump.

Foi cientista-chefe da Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês), a Anvisa americana, e diretora para preparação médica e de biodefesa do Conselho de Segurança Nacional (NSC, na sigla em inglês), que assessora a Casa Branca, até seu departamento ser extinto por Donald Trump em 2018.

A brasileira foi remanejada para outras unidades dentro do Conselho de Segurança Nacional e até maio de 2019 serviu como assessora da Casa Branca. No ano passado, ela saiu do setor público para a In-Q-Tel, uma empresa de investimento em tecnologia de ponta para defesa e segurança nacional, onde ocupa a vice-presidência.

Ela também faz parte do quadro de especialistas do centro de estudos Council on Foreign Relations, onde pessoas que saem de um governo costumam trabalhar até serem chamadas para outro.

Desde o início da pandemia, a cientista foi uma das vozes mais críticas à adoção da cloroquina como tratamento para a covid-19 antes de comprovação científica de sua eficácia, que classificou como “imperdoável”, em contraposição ao que pregava o presidente Donald Trump.

A força-tarefa do governo de transição será liderada pelos médicos David Kessler, que foi diretor da FDA durante os governos de George H. W. Bush e Bill Clinton; Marcella Nunez-Smith, da faculdade de Medicina da Universidade Yale; e Vivek Murthy, que foi chefe do Serviço de Saúde Pública nos EUA.

Os EUA são o país mais afetado pela pandemia, tanto em número de casos confirmados de covid-19 quanto em número de mortes. Na semana passada, o país registrou quatro dias consecutivos de recordes de novas infecções, totalizando mais de 10 milhões de diagnósticos da doença e mais de 238 mil mortes, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. [Capa: Reprodução]

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