As eleições dos Estados Unidos chegam à reta final nesta terça-feira (3), marcadas pela forte presença dos atletas profissionais nas campanhas de conscientização sobre a importância do voto. Os americanos escolhem entre o atual presidente, o republicano Donald Trump, e o democrata Joe Biden.
LeBron James, astro do Los Angeles Lakers, e outros atletas importantes, como Patrick Mahomes e DeAndre Hopkins, do futebol americano, se uniram ao movimento “More Than A Vote” (Mais do que um Voto). Nas duas ligas, mais de 90% dos atletas se registraram para votar – em 2016 apenas 20% dos jogadores da NBA foram às urnas.
LeBron, que tem liderado campanhas por justiça social e racial, tem sido alvo recorrente de Trump. Recentemente, o atual presidente voltou a criticar os atos antirracistas dos atletas da NBA – que passaram a ajoelhar durante o hino –, citando o fato de a audiência das finais ter sido a pior dos últimos anos nos Estados Unidos:
– O ato de se ajoelhar tem sido horrível para o basquete. As pessoas estão bravas com isso – afirmou o presidente, em entrevista à Fox – Eu não percebi que eles (LeBron) me criticaram. Mas eu não ficaria surpreso.
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O jogador de basquete LeBron James, astro do Lakers, fez campanha para Joe Biden; ele lidera movimento sobre importância de votar [Foto: Katelyn Mulcahy/AFP]
A NBA apoiou a livre expressão dos atletas: umas das exigência deles, para o retorno da temporada na “bolha”, foi estampar a campanha pelas vidas negras em suas quadras [Foto: Kim Klement/USA Today Sports]
Apesar do grande apoio dos atletas a Biden, entre os dirigentes do esporte há uma clara preferência pelos republicanos.
Segundo a ESPN americana, os 144 proprietários das 122 equipes das grandes ligas profissionais dos Estados Unidos doaram US$ 47 milhões (R$ 270 milhões de reais, pelo câmbio atual) para campanhas federais desde 2015, sendo que apenas pouco mais de US$ 11 milhões (R$ 62,7 milhões) foram para o Partido Democrata.
Os donos das franquias da NBA doaram nos últimos seis anos US$ 8,3 milhões (R$ 47,3 milhões) ao Partido Republicano e US$ 2,6 milhões de dólares (R$ 14,8 milhões) ao Democrata. Só na WNBA a situação se inverte: US$ 1,6 milhão (R$ 9 milhões) para os democratas, 300 mil a mais que para o partido de Trump.
O ex-boxeador Mike Tyson integra a lista de nomes do esporte que já declararam seu apoio ao republicano Donald Trump [Foto: Reprodução/Agência O Globo]