Uma servidora pública aposentada de 58 anos coleciona, desde 1967, itens decorativos de Natal.
Segundo suas contas, são quase mil itens colecionáveis que levam, em média, um mês para serem colocados em seus devidos lugares na época das festas de fim de ano, na casa onde mora, em Guarujá, no litoral de São Paulo.
Ao G1, Meire Aparecida Trachio contou que o ponto de partida da coleção foi um enfeite do Menino Jesus, feito em gesso, que ganhou de sua mãe quando tinha apenas 5 anos de idade, em 1967.
Desde então, ela não parou de acrescentar itens à coleção, que cresce a cada Natal. “Sempre tive essa paixão, desde a infância. Tenho até as caixas originais de alguns”, conta.
Meire tem de tudo um pouco: presépios, bonecas de pano, diversas variações do Papai Noel, luzes pisca-pisca e objetos de decoração para todos os cômodos da casa, com exceção dos quartos dela e da mãe de 82 anos, com quem mora atualmente.
“Estão todos em bom estado de conservação. Não jogo nada fora, restauro as peças que vão se deteriorando ou que quebram”, conta Meire.
A aposentada revelou que demora aproximadamente um mês para montar toda a decoração em casa. “Começo já em outubro a pegar as caixas, desembalar as coisas e a colocar nos lugares”.
A preparação precoce é para que, em novembro, tudo esteja pronto.
Meire ainda contou que, apesar de ser apaixonada pelos enfeites, sua mãe não aprecia seu hobby tanto assim.
“Ela acha um pouco exagerado, principalmente durante outubro, quando a casa fica bagunçada com as caixas”.
Mesmo assim, ela se defende, dizendo que não é acumuladora, e sim, colecionadora.
“Eu preparo minha casa para comemorar o nascimento de Jesus”, diz. “Prefiro ganhar coisas de Natal do que qualquer outra coisa. Sempre sei quem me deu e a data que ganhei, porque anoto tudo nas caixas”.
Exceto os quartos, todos os cômodos recebem decoração natalina: quintal, sala, cozinha e até o banheiro.
Meire conta, ainda, que é apegada às suas peças, não dando ou emprestando nenhum item. “Não dou, sou muito ciumenta. Não deixo ninguém pegar nada”.
O desmonte da decoração também leva tempo. De acordo com a aposentada, a ação começa no dia 7 de janeiro, após o Dia de Reis, e segue até fevereiro, quando ela consegue guardar a última peça.
“Tudo é embrulhado em papel de seda ou plástico bolha. Sou metódica, mas minha mãe fica louca da vida”, diz rindo.