Assalto em Criciúma: o que se sabe e o que falta esclarecer

Uma quadrilha assaltou uma agência do Banco do Brasil no Centro de Criciúma, no Sul de Santa Catarina, entre o fim da noite desta segunda-feira (30) e início da madrugada desta terça-feira (1º).

Veja o que já se sabe sobre o caso e o que ainda falta esclarecer:

Como os criminosos agiram?

Cerca de 30 pessoas encapuzadas assaltaram uma agência do Banco do Brasil no Centro de Criciúma às 23h50 de segunda-feira (30). O bando provocou incêndios, bloqueou ruas e acessos à cidade, atirou contra o Batalhão da Polícia Militar e usou reféns como escudos. Durante a ação, que durou 1 hora e 45 minutos, os criminosos efetuaram diversos disparos. Veja a cronologia a seguir:

Cronologia do assalto a banco em Criciúma — Foto: Arte G1

Cronologia do assalto a banco em Criciúma — Foto: Arte G1

Após o ataque, os criminosos fugiram e abandonaram parte do dinheiro no local. Quatro moradores foram detidos após recolherem R$ 810 mil que ficaram jogados no chão.

Por volta das 2h30, peritos estavam nas ruas para analisar materiais explosivos abandonados. Cerca de 200 quilos de explosivos ficaram para trás. E a polícia não sabe o total utilizado. Pela manhã, os explosivos foram detonados pelo Esquadrão Antibombas.

Nas calçadas e nas ruas próximas da ação foram encontradas várias cápsulas de munição, inclusive de fuzil.

O que aconteceu com os reféns?

Seis trabalhadores do Departamento de Trânsito e Transporte (DTT) de Criciúma, que pintavam faixas nas ruas, foram feitos reféns durante o assalto. Segundo a prefeitura, três deles foram obrigados a auxiliar no carregamento dos malotes de dinheiro do banco até os veículos dos criminosos.

Os funcionários da prefeitura foram rendidos, obrigados a tirar as camisas e sentar na faixa de pedestre a poucos metros da agência bancária que foi alvo dos bandidos, na Avenida Getúlio Vargas, perto da agência, para dificultar a ação da polícia. Os seis foram liberados depois de duas horas, sem ferimentos.

Sérgio Eduardo Firme foi um deles. “Foi um dia de terror para nós. A gente está até agora traumatizado”, afirmou. Segundo ele, os bandidos jogaram dinheiro nas ruas de propósito. “Ele [um dos assaltantes] falou ‘vou jogar 500 mil aí na rua aí. Vou jogar para o pessoal e vocês aproveitam para pegar também.”

Houve vítimas?

Um PM ficou ferido. O soldado Jeferson Esmeraldino foi baleado e está internado em estado grave, com hemorragia interna. Ele já passou por três cirurgias. Ele tem 32 anos e atua desde 2016 na Polícia Militar, no 9º Batalhão de Polícia Militar de Criciúma.

Quem foram os responsáveis pelo roubo? Alguém foi preso?

Os criminosos fugiram. Até as 15h desta terça (1º), ninguém havia sido preso. A estimativa da polícia é que pelo menos 30 pessoas estejam envolvidas com o crime.

Qual a quantia roubada?

Ainda não se sabe o valor levado pelos criminosos. A polícia encontrou cerca de R$ 300 mil espalhados pelas ruas. Além disso, prendeu quatro moradores que tentavam levar malas com R$ 810 mil que tinham sido deixadas pelos bandidos.

O que a polícia encontrou?

Até o momento, 10 carros usados no assalto foram apreendidos em um milharal de uma propriedade privada em Nova Veneza, a noroeste de Criciúma.

O delegado Victor Bianco Cruz informou que os criminosos usaram veículos de “alta potência e grande valor comercial”, de marcas como Audi, Land Rover, BMW, Mitsubishi e Volkswagen.

Alguns tinham placas de São Paulo, mas até a última atualização desta reportagem a polícia não sabia se elas eram verdadeiras ou falsas.

Jornalistas foram ameaçados?

Uma equipe de uma emissora de rádio foi ameaçada durante uma transmissão ao vivo para noticiar o assalto. Segundo o gerente de jornalismo da rádio Eldorado, João Paulo Messer, e o radialista da mesma emissora, Dante Bragato, às 1h15 os jornalistas começaram a receber telefonemas com ameaças. “Comunicamos a direção e fomos orientados a parar ali a transmissão”, afirmou Dante Bragato.

O que disse o Banco do Brasil?

Em nota, o Banco do Brasil disse que funcionários não foram feridos, que não há previsão para reabertura da agência e que não informa “valores subtraídos durante ataque às suas dependências”.

 

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