ContilNet Notícias

Conheça os bilionários que mais ganharam – e os que mais perderam – em 2020

Por FORBES

Este foi um ano difícil para muita gente. O mundo atingiu a marca de 1,6 milhão de mortes causadas pela Covid-19 – 300 mil delas apenas nos Estados Unidos – e medidas de contenção causaram imensas perdas econômicas e altos índices de desemprego. Mas alguns bilionários se saíram muito bem.

Em 2020, 60% dos 2.200 integrantes da lista da Forbes ficaram ainda mais ricos, enquanto 36% perderam dinheiro. Juntos, os cinco homens mais ricos do mundo acrescentaram cerca de US$ 310,5 bilhões a seus patrimônios.

Ninguém teve um ano melhor do que Elon Musk. O CEO da Tesla começou 2020 com uma fortuna avaliada em US$ 26,6 bilhões. Desde então, a empresa de carros elétricos tem quebrado as expectativas dos analistas sobre a demanda por esse tipo de veículo e animado investidores interessados nesse tipo de tecnologia.

A S&P 500 anunciou que a Tesla seria incorporada ao índice em dezembro de 2021. As ações da empresa aumentaram sete vezes ao longo do ano e, em 11 dezembro, o patrimônio de Musk atingia US$ 136,9 bilhões, tornando-o a terceira pessoa mais rica do mundo.

As únicas duas pessoas mais ricas que Musk também não se saíram mal. Jeff Bezos, cujo patrimônio é de US$ 182,2 bilhões, ficou US$ 67,5 bilhões mais rico ao mesmo tempo em que os consumidores se tornaram cada vez mais dependentes das entregas da Amazon. Em agosto, Bezos se tornou a primeira pessoa da história a ter uma fortuna de mais de US$ 200 bilhões.

As ações da empresa caíram 10%, mas continuam registrando alta de 69% no ano, o que é bem mais do que a média das empresas presentes na S&P 500 (13,4%) e no Dow Jones Industrial Average (5,3%). Já o patrimônio do conglomerado de luxo LVMH, Bernard Arnault, aumentou US$ 35 bilhões e chegou aos US$ 146,3 bilhões. No início da pandemia, o grupo apresentou queda nas vendas, mas logo se recuperou, principalmente entre marcas mais tradicionais como Dior e Louis Vuitton.

Enquanto os ganhos em 2020 foram imensos, as perdas foram mais discretas. Entre os bilionários que viram seus patrimônios diminuírem estão Carlos Slim Helu, da área de telecomunicações, e Sheldon Adelson, o magnata dos cassinos. Cada um deles ficou cerca de US$ 5 bilhões mais pobre em 2020. Combinadas, as fortunas dos bilionários que perderam somam US$ 23,7 bilhões.

A Forbes analisou a fortuna de mais 2.200 bilionários entre 31 de dezembro de 2019 e 11 de dezembro de 2020. Os ganhos e perdas foram calculados em números absolutos e apenas bilionários com investimentos em empresas de sociedade aberta foram considerados.

Veja, na galeria de fotos a seguir, quem foram os principais ganhadores e o perdedores em 2020:

MAIORES GANHADORES

Elon Musk

País: Estados Unidos
Ganho: US$ 110,3 bilhões
Patrimônio: US$ 136,9 bilhões

Em 2020, Musk foi a pessoa que teve o maior ganho no período analisado pela Forbes. Devido à performance extraordinária da Tesla, o empresário foi beneficiado ao receber as quatro primeiras parcelas de seu pacote de remuneração de 12 parcelas. Desde maio, ele foi premiado com opções de ações no valor de US$ 27,5 bilhões. A SpaceX também está indo muito bem. Em maio, a empresa de exploração espacial lançou a primeira missão tripulada norte-americana desde 2011. Em novembro, recebeu permissão da NASA para enviar astronautas para a International Space Station. Um mês depois, foi executada a primeira missão desse tipo. A Forbes estima que a participação de Musk da SpaceX seja avaliada em US$ 20 bilhões.

Jeff Bezos

País: Estados Unidos
Ganho: US$ 67,5 bilhões
Patrimônio: US$ 182,2 bilhões

Ainda que Bezos não seja mais a pessoa dos US$ 200 bilhões, ele ainda é a pessoa mais rica do mundo. Bezos tem uma participação de 11,1% na Amazon, que tem uma capitalização de mercado de mais de US$ 1,5 trilhão. A performance da mega-varejista atingiu níveis sem precedentes com o fechamento temporário das lojas físicas. O empresário, que é conhecido por não participar de muitas iniciativas de caridade, melhorou um pouco nesse aspecto. Em fevereiro, ele aportou US$ 10 bilhões na luta contra mudanças climáticas e, em novembro, doou cerca de US$ 800 milhões para organizações ambientais. Sua ex-mulher, MacKenzie Scott, cujo patrimônio é de US$ 59 bilhões, destinou pelo menos US$ 5,8 bilhões para ONGs e instituições de caridade ao longo de 2020.

Zhong Shanshan

País: China
Ganho: US$ 60,5 bilhões
Patrimônio: US$ 62,5 bilhões

Shanshan teve um crescimento significativo no grupo dos bilionários graças a duas iniciativas de ofertas públicas. Ele é fundador e presidente da Nongfu Spring, empresa de água engarrafada que tem cerca de um quinto do mercado chinês. A empresa foi para a bolsa em setembro com ações a US$ 2,77 e, em 11 de dezembro, já tinha quase dobrado esse valor. O executivo também controla a fabricante de vacinas Beijing Wantai Biological Pharmacy, que foi a público em abril. A empresa desenvolveu um spray nasal para Covid-19 que estava na segunda fase de testes em novembro. Em 11 de dezembro, a Wantai negociava seus papéis a valores 15 vezes mais altos do que na época do IPO.

Dan Gilbert

País: Estados Unidos
Ganho: US$ 37,1 bilhões
Patrimônio: US$ 43,9 bilhões

Gilbert, que é o cofundador da Quicken Loans, empresa de empréstimos hipotecários online, também se beneficiou de um grande IPO este ano. A controladora Rocket Companies foi à bolsa em agosto. Gilbert detém 95% da empresa, que valia mais de US$ 41 bilhões em 11 de dezembro. Ele também é o proprietário do time esportivo mais rico do país, o Cleveland Cavaliers da NBA.

Bernard Arnault

País: França
Ganho: US$ 35 bilhões
Patrimônio: US$ 146,3 bilhões

Mesmo em um ano conturbado para o conglomerado de luxo francês, a fortuna de Arnault aumentou mais de 30%. A LVMH abandonou brevemente o plano de compra da Tiffany & Co. quando a pandemia começou, antes de entrar em um acordo com o varejista de diamantes e adquirir a empresa por US$ 15,8 bilhões em outubro, US$ 400 milhões a menos do que a proposta inicial. As vendas do mercado de luxo ainda estão baixas, mas a LVMH surpreendeu investidores quando registrou aumento nas linhas de bolsas da Louis Vuitton e da Dior, especialmente na Coreia do Sul e na China. Esses valores convertidos em euros fazem de Arnault a segunda pessoa mais rica do mundo.

Carlos Slim Helu

País:México
Perda: US$ 5 bilhões
Patrimônio: US$ 58,2 bilhões

Helu e sua família controlam a América Móvil, maior empresa de telecomunicações da América Latina. Mesmo que o negócio tenha se mantido relativamente estável durante a pandemia, o patrimônio do bilionário caiu com a desvalorização da moeda mexicana. Comparado ao dólar norte-americano, o peso mexicano caiu 26% em março. A moeda se recuperou, mas ainda vale 5% menos do que valia no final de 2019.

Sun Hongbin

País: China
Perda: US$ 4,8 bilhões
Patrimônio: US$ 8,1 bilhões

Não é um bom momento para fazer parte dos negócios de parques temáticos. A pandemia forçou o fechamento desses centros de entretenimento, depois restringiu seu funcionamento e ainda obrigou a implementação de medidas de segurança após a reabertura. A Sunac China Holdings, empresa do ramo imobiliário fundada e presidida por Sun Hongbin, comprou os parques temáticos do Dalian Wanda Group em 2017. Em 11 de dezembro, as ações da empresa mostravam queda de 40% no ano, diminuindo em um terço o patrimônio de Hongbin.

Hui Ka Yan

País:China
Perda:US$ 4,6 bilhões
Patrimônio: US$ 27,7 bilhões

Hui Ka Yan é presidente do Evergrande Group, um dos maiores desenvolvedores imobiliários da China. No relatório de resultados do meio do ano, a companhia revelou que tem US$ 128 bilhões em dívidas, acumuladas pelo grande gasto com a compra de terras e pela construção de uma unidade de carros elétricos. A empresa tentou levantar caixa no início deste mês com uma nova marca, mas obteve uma resposta morna. Em 11 de dezembro, as ações da Evergrande acumulavam baixa de 22% no ano.

Harold Hamm

País: Estados Unidos
Perda:US$ 4,3 bilhões
Patrimônio:US$ 5,6 bilhões

Hamm, presidente e CEO da produtora independente de petróleo Continental Resources, perdeu mais de 43% de sua fortuna desde o começo do ano. A indústria petroleira está em um momento turbulento desde o início da pandemia. Lockdowns e restrições de viagens levaram à diminuição de viagens e de pessoas dirigindo, o que causou uma queda na demanda pelo recurso. As ações da empresa se recuperaram parcialmente, mas ainda apresentam diminuição de 45% na comparação com o início do ano.

Fonte: Forbes 

Sair da versão mobile