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“Considero-me um dos grandes baluartes da política séria”, diz N. Lima

Por LEANDRO CHAVES, DO CONTILNET

Um dos grandes baluartes da política séria. É assim que o vereador reeleito em Rio Branco pelo Progressistas, N. Lima, se considera após cinco mandatos parlamentares, quatro deles como deputado estadual na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).

Mesmo em um parlamento menor e menos abrangente, o militar diz ter aprendido mais em quatro anos como vereador do que em 16 como deputado. “O vereador é uma espécie de para-choque. Ele é o primeiro a ser procurado pela população. A gente sofre os problemas junto da sociedade. Isso é muito gostoso de se vivenciar”.

É para colocar em prática todo esse aprendizado que N. Lima pretende chegar à presidência da Câmara de Rio Branco em eleição interna nesta sexta-feira (1º), logo após a posse dos 17 vereadores vitoriosos.

“Eu vivo a política todos os dias. Já são 20 anos nesse processo. Conheço todo o sistema administrativo da cidade e também cada pedacinho de Rio Branco, ou seja, tenho uma vida política e administrativa grande. Além disso, contribuí na luta contra o PT desde os tempos de Aleac. É por isso que me considero um dos grandes baluartes”, justificou ao ContilNet.

Parte da chapa de N. Lima já estaria montada e com dois nomes de peso. A vereadora mais votada, Michelle Melo (PDT), teria topado a vice-presidência nos bastidores, embora não tenha descartado publicamente a candidatura própria. Já o ex-presidente Antonio Morais (PSB) integraria como secretário. O time completo será anunciado na quinta (31).

Lima precisa de nove votos, inclusive o próprio. Ele garante que já tem mais que o suficiente. De direita e defensor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o parlamentar foi buscar apoio em duas legendas de esquerda, o PDT e o PSB, que fizeram três cadeiras, cada. Ele garante que terá os seis votos dos pedetistas e pessebistas, além dos colegas de partido Samir Bestene e Rutênio Sá.

Além disso, N. Lima está em negociações quase finalizadas com Hildegard Pascoal (PSL), que deve compor a mesa. Arnaldo Barros (Pros) também está no radar do progressista, que tenta ainda uma aproximação com Ismael Machado (PSDB).

Pluralidade e seriedade

O militar informou que, se eleito, sua gestão será marcada pela pluralidade e seriedade. “Vamos administrar para todos os partidos e vereadores, inclusive aqueles que não votaram na nossa chapa, porque o princípio básico é a Câmara”, prometeu.

Ele elogiou o comando de Antonio Morais à frente do parlamento-mirim e disse que a ideia é dar continuidade ao legado do colega. “Foi uma administração séria e competente. Estou mostrando esse trabalho para convencer os colegas a nos apoiar”.

Segundo N. Lima, a legislatura passada foi a melhor de todos os tempos. Ele espera que os 11 novatos façam igual ou melhor. “Foram debates intelectuais, projetos e ações públicas de relevância para a sociedade. Trouxemos para a Câmara assuntos nacionais e isso proporcionou um salto qualitativo enorme porque saímos da picuinha local”, disse.

O principal adversário do militar será o vereador também reeleito Emerson Jarude (MDB), que se lançou candidato à mesa diretora nas últimas horas após a colega Lene Petecão (PSD) desistir da disputa. N. Lima afirma que, de sua parte, nada muda em relação ao jogo.

“Ele tem todo o direito, assim como a Michelle e a Lene. Cada vereador tem sua legitimidade para pleitear o comando. Jarude é competente, engrandece o debate e deixa a disputa muito interessante. Sua participação é salutar e importante para a democracia”.

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