Desembarcou na manhã de hoje em Campinas (SP) o maior lote da vacina CoronaVac, o imunizante desenvolvido pelo laboratório chinês SinoVac em parceria com o Instituto Butantan.
São 5,5 milhões de doses que chegaram ao Aeroporto Internacional de Viracopos às 5h30.
A carga é composta por 2,1 milhões de doses já prontas para aplicação e mais 2,1 mil litros de insumos, correspondentes a 3,4 milhões de doses que serão envasadas na fábrica do Butantan, na capital paulista.
Outros dois carregamentos devem desembarcar no país na semana que vem, nos dias 28 e 30 de dezembro, totalizando 10,8 milhões de doses para iniciar o Plano Estadual de Imunização, previsto para começar no dia 25 de janeiro.
“O imunizante atingiu um índice de eficácia superior ao recomendado pela Organização Mundial de Saúde e, com isso, poderemos em breve solicitar à Anvisa o registro”, disse o Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, que acompanhou a chegada do lote ao lado do diretor do Butantan, Dimas Covas.
As três entregas anteriores ocorreram no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. O primeiro lote, com 120 mil doses, chegou ao Brasil no dia 19 de novembro; o segundo, com 600 litros a granel do insumo, desembarcou em 3 de dezembro; enquanto a terceira remessa, com 2 milhões de doses, chegou no último dia 18.
“Passados seis meses do início das ações com a farmacêutica Sinovac, já conseguimos garantir um estoque em solo nacional”, afirmou Dimas Covas.
A vacina é eficaz? Ontem, os dois anunciaram à imprensa que a vacina contra o novo coronavírus atingiu índice de eficácia superior ao mínimo recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), que é de 50%, e, assim, poderá ter seu registro aprovado para imunizar a população.
O índice exato de eficácia, no entanto, não foi divulgado a pedido da SinoVac. Essa solicitação da Sinovac tem respaldo no contrato e só podemos divulgar esse número em conjunto.
E vamos fazer no tempo oportuno. Esperamos que seja o mais rápido possível Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.
Sobre as reações adversas da vacina, Covas afirmou que o imunizante registrou manifestações leves, “como dor no local da injeção” sendo a principal delas.
“Do ponto de vista de segurança, os dados estão disponíveis. Mostra que esta [vacina] é, no Brasil, a mais segura sem duvida nenhuma”, disse Covas.