Fim do mistério: nos 40 anos do Chester, empresa divulga fotos do animal vivo

Você já viu um Chester vivo? Pois bem. No ano em que comemora 40 anos da chegada do produto ao Brasil, a BRF, dona da marca Perdigão, põe fim a um mistério que durou décadas e mostra fotos do animal em vida.

Até então, a empresa costumava dizer, por meio de sua assessoria de imprensa, que não tinha fotos de divulgação do bicho.

Durante o tempo em que permaneceu “escondido”, muitas lendas foram criadas a respeito do Chester. Algumas diziam que ele não tinha cabeça ou que comia tanto a ponto de não conseguir se mexer.

Tudo não passa de invenção, segundo Luciana Bulau, gerente executiva da Perdigão.

Foto: Reprodução

“O Chester é um animal muito saudável. O diferencial dele é uma genética que foi aperfeiçoada e o cuidado que ele recebe nas granjas e na alimentação. No passado, a Perdigão alimentou essa aura de mistério, mas hoje a gente é muito transparente sobre nossas granjas e a forma como nossos animais são cuidados”, diz ela.

Afinal, o que é o Chester?

O Chester é uma marca registrada, e não uma espécie. A ave tem origem em uma linhagem de frango que foi trazida da Escócia para o Brasil em 1980.

Poucos anos depois, ele passou a ser comercializado no país como concorrente do peru de Natal da Sadia –hoje, Sadia e Perdigão pertencem à BRF.

A produção do Chester se concentra na cidade de Mineiros, em Goiás. O tempo de criação é superior ao do frango convencional: o Chester é abatido quando tem em torno de 50 dias, 20 dias a mais do que o frango.

A alimentação também é diferenciada, com uma dieta balanceada, com vitaminas e minerais, específica para suas necessidades de desenvolvimento. Tudo isso gera diferenças no tamanho da ave e na carne.

Produção começa em março

Veja algumas curiosidades do Chester, segundo Luciana Bulau, gerente executiva da Perdigão:

– É maior que o frango comum;
– Não tem hormônios, conforme proibição da legislação brasileira;
– Tem a carne mais macia;
– O sabor é mais suave em comparação com outras aves natalinas;
– 70% da carne são concentradas no peito e nas coxas, partes nobres da ave;
– Tem menos gordura que o frango;
– Embora venha de uma linhagem de frango escocesa, só é vendido no Brasil;
– Apesar de só ser vendido no Natal, a produção começa em março.

“Por ser um produto especial, concentramos as vendas no Natal, o que cria essa aura de expectativa e faz do Chester um símbolo do Natal brasileiro”, diz a executiva da Perdigão.

Embrapa: só machos são vendidos como Chester

A empresa não deu detalhes sobre o processo produtivo, mas, segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), só são vendidos como Chester os machos sem defeitos –como contusões e fraturas.

As fêmeas dessa linhagem não crescem tanto quanto os machos. Por isso, são abatidas na mesma idade que os frangos convencionais e vendidas em cortes embalados em bandejas.

Os machos abatidos que não atendem ao padrão de qualidade para o produto natalino são transformados em produtos como peito, embutidos e processados de Chester.

Linha comemorativa para os 40 anos

Como parte da comemoração de 40 anos do Chester no país, a Perdigão ampliou a linha “Sabores do Brasil”. Em 2020, são vendidas oito opções de Chester, com temperos diferentes:

Chester Tradicional, Chester Azeite e Ervas, Chester Assa Fácil Tradicional, Chester Assa Fácil Pesto, Chester Mineiro (vendido apenas em Minas Gerais e Rio de Janeiro), Chester Gaúcho (comercializado apenas no Sul do país) e Chester Desossado.

A novidade de 2020 são as embalagens comemorativas e o Chester com Sabor Toque Caseiro, que leva diferentes temperos, como alho e cúrcuma, inspirado nas receitas enviadas pelos próprios consumidores, segundo a fabricante.

A empresa não divulga dados sobre vendas, mas afirma que o Chester tem mais de 50% do mercado de aves especiais do Natal, sendo um dos produtos mais vendidos dessa época do ano.

 

(Foto de capa: Reprodução)

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