A temporada do Novo Basquete Brasil (NBB) entra na terceira etapa sediada nesta quarta-feira, em Brasília, e até o momento o formato, somado ao protocolo criado pela Liga Nacional de Basquete (LNB), se mostra eficiente em meio à pandemia do novo coronavírus.
O torneio, que começou no dia 10 de novembro, registrou 26 casos positivos da covid-19, sendo 13 atletas, seis árbitros e sete membros de estafe dos times.
O returno será disputado no mesmo sistema após aprovação do conselho de administração da LNB nesta semana.
Seis equipes se reuniram para jogar no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, em um período de quatro dias, e outras nove se enfrentaram em Mogi das Cruzes (SP), em uma janela de 16 dias.
Nos times que não tiveram de viajar de avião, nenhum caso positivo foi registrado. Ao todo foram realizados 1.462 testes.
A LNB informou que diversos casos positivos foram detectados fora do ambiente de competição, ou seja antes do início da competição, o que foi possível por causa do protocolo, que prevê uma testagem frequente, isolamento rápido e diversos cuidados de prevenção como o uso de máscaras e distanciamento. As arenas, por exemplo, foram divididas em níveis para diminuir o contato.
“O sistema de sedes se mostrou eficaz neste início de temporada, tivemos um número até reduzido de casos. Foram 26 apenas e, alguns deles, anteriores ao início do NBB, em situações externas”, afirmou Paulo Bassul, diretor técnico operacional da LNB, ao Estadão. “O segundo turno foi aprovado pelo conselho de administração e será no mesmo sistema por causa da continuidade da pandemia, da ausência de uma vacina e da eficiência demonstrada pelo sistema de mini sedes”, acrescentou.
Além disso, apesar de relativamente satisfeitos com os resultados neste início de temporada, a LNB vai produzir vídeos educativos que serão apresentados aos profissionais de todas as áreas envolvidas com a competição.
A ideia é aprimorar o atual sistema e ter uma temporada ainda mais segura.
“Estamos mapeando todos os pontos que podem ser melhorados, mesmo na nossa equipe da liga, na conduta dos atletas, dos membros de comissão técnica, estrutura das sedes e isso está sendo transformado em um vídeo do ponto de vista médico e outro vídeo para questão de quadra, para evitarmos situações de risco”, explicou Bassul.
Os jogadores também estão satisfeitos. Apesar de o sistema de disputa ser diferente dos últimos anos, em que o fator casa foi importante, eles entendem que jogar no formato de sedes é o ideal pelo momento atual da pandemia do novo coronavírus no Brasil.
“É uma forma de disputa inteligente e eficaz no sentido de segurança para evitar uma propagação entre os atletas, mantendo nossa saúde intacta. Temos alguns campeonatos pelo mundo em que apenas fecharam os ginásios e estão com o mesmo formato e isso acaba expondo bastante os atletas ao vírus e o número de casos é bem alto se comparado ao basquete”, afirmou o armador Felipe Ruivo, do Paulistano.
Um dos destaques da equipe neste começo de temporada com médias de 15,3 pontos e quatro assistências, o jogador de 22 anos afirma que o protocolo elaborado pela LNB tem dado tranquilidade para os atletas desempenharem um bom papel em quadra.
“Estamos testando com bastante frequência, o que dá muita segurança e tranquilidade para entrar em quadra. Estamos todos vivendo um momento muito atípico e saúde e segurança estão em primeiro lugar. A liga está muito bem no sentido de fazer o campeonato acontecer”, disse.