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No Jordão, escolinha de futebol para crianças carentes quer apoio para voltar em 2021

Por LEANDRO CHAVES, DO CONTILNET

Mais de 200 crianças lotaram o ginásio Joca Melo nesta sexta-feira (26), no município de Jordão, no interior do Acre, para a confraternização de Natal da Escolinha de Futebol Dionísio Farias, que desenvolve trabalho social com jovens carentes.

O Natal dos Excluídos contou com doação de presentes, bolo, refrigerante e muita animação. De acordo com o coordenador do projeto, o professor Adir Pereira, só o governador Gladson Cameli comprou 100 brinquedos, garantindo a diversão de parte da criançada.

Criançada litou o ginásio Joca Melo nesta sexta-feira (25) / Foto: Cedida

Na segunda-feira (21), o governador esteve na cidade para uma agenda de trabalho e teve a oportunidade de conhecer a escolinha de futebol que tem transformado vidas na isolada Jordão. Ele foi recepcionado no aeroporto pelo coordenador e recebeu das crianças uma camisa do projeto, com a qual ficou vestido durante toda a visita.

A escolinha foi fundada em 2019 com a ideia de levar a atividade física a indígenas e crianças carentes do município. “A proposta é trabalhar com os excluídos. Inicialmente, reuníamos 500 crianças, mas com a pandemia reduzimos esse alcance para cerca de 200”, diz Pereira.

O projeto foi abraçado pela prefeitura da cidade. No entanto, se encerrou nesta semana por conta da mudança de gestão. O novo prefeito assume no próximo dia 1º.

Governador Gladson Cameli esteve na escolinha na segunda-feira (21) / Foto: Cedida

Pereira é natural de Tarauacá e voltará à sua cidade na segunda (28). Ele conta que recebeu do governador a promessa de ser nomeado pelo estado para retomar os trabalhos a partir do ano que vem. “Estamos na expectativa para que tudo dê certo e possamos continuar”.

As aulas aconteciam de segunda à sábado, de manhã e de tarde, totalizando três horas de aula por dia. O projeto contava também com uma turma só de meninas. O Conselho Tutelar era parceiro da ação, que tinha ainda acompanhamento psicológico para os pequenos.

“São crianças e jovens muito pobres que nunca tiveram a oportunidade de participar de educação física. Alguns já estavam entrando no mundo das drogas e nós conseguimos resgatar. É um trabalho muito prazeroso. Eu poderia estar na minha cidade com meus filhos e minha mãe, mas escolhi estar aqui dando esperança para essas crianças”.

Um casal de amigos de Pereira também atua no projeto, mesmo com três salários atrasados. O professor diz que se for nomeado pelo governador vai dividir o salário com um deles.

“É uma coisa linda e que não pode acabar”, finaliza o ex-jogador de futebol do Juventus.

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