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Pesquisa mostra efeito do fogo na degradação de florestas do Acre

Por ASCOM UFAC

O estudo “Impact of Fires on an Open Bamboo Forest in Years of Extreme Drought in Southwestern Amazonia” (Impacto de incêndios em uma floresta aberta de bambu em anos de seca extrema no sudoeste da Amazônia), liderado por professores do campus Floresta da Ufac, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e South Dakota State University, apresenta os efeitos de incêndios em florestas abertas com bambu no Estado do Acre.

O artigo foi publicado em novembro na revista internacional “Regional Environmental Change” e mostra que 98% dos incêndios florestais monitorados ocorreram em anos de secas extremas. Os incêndios afetaram de forma severa a estrutura e a composição de espécies da floresta, influenciam o aumento de espécies pioneiras, redução de árvores vivas, redução de espécies com potencial madeireiro, redução de biomassa acima do solo e aumento do número de colmos de bambu.

“O efeito combinado da redução de 50% a 70% do número de árvores e o aumento de sete a nove vezes o número de colmos de bambu dificultam a recuperação da floresta após eventos de incêndios florestais”, explicou a professora Sonaira Silva, autora principal do trabalho. “Vários estudos mostram que secas e incêndios florestais podem ser mais frequentes na região do Acre, trazendo ainda mais degradação e prejuízos.”

A avaliação dos impactos dos incêndios florestais continua sendo monitorada através da realização de novos inventários para ampliar o conhecimento sobre o impacto do fogo em outras fitofisionomias florestais no Estado do Acre. Esses novos inventários são realizados no âmbito do Projeto AcreQueimadas, financiado pelo CNPq e Ibama/PrevFogo.

O artigo faz parte das teses de doutorado da professora Sonaira Silva e teve a participação do professor Antonio Willian F. Melo, do campus Floresta da Ufac; Izaya Numata, da South Dakota State University; Philip M. Fearnside, Paulo Mauricio L.A. Graça e Evandro J.L. Ferreira, do Inpa; Edneia A. Santos e Pedro R.F. Lima, do campus-sede da Ufac; e Maury S.S. Dias e Rodrigo C. Lima, da Uninorte-AC.

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