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Policiais penais cruzam os braços domingo e visita aos detentos será suspensa

Por LEANDRO CHAVES, DO CONTILNET

Foto: Reprodução

Policiais penais que trabalham nos prédios provisórios do presídio Francisco de Oliveira Conde (FOC) anunciaram, nesta terça-feira (8), por meio da Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário do Acre (Asspen), que farão uma paralisação de advertência no próximo domingo (13).

O motivo, segundo o presidente da entidade, Eden Alves Azevedo, é a ausência de condições de trabalho para a categoria. Faltam munições e armamentos adequados para os trabalhos de fiscalização no complexo penitenciário, informou o representante. Além disso, as guaritas estariam em “péssimas” condições, com entrada de água da chuva, por exemplo.

A Asspen afirmou que há um mês é ignorada pelo presidente do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), Arlenilson Cunha. Por conta da paralisação de domingo, as visitas aos presos provisórios será suspensa.

De acordo com o presidente do Iapen, o órgão está aberto ao diálogo. “Nós sabemos das dificuldades que existem, mas sempre estamos procurando sanar com banco de horas e procurando as melhorias”.

Leia a nota da Asspen:

“NOTA PÚBLICA: A CADEIA VAI PARAR!

A Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário do Acre (Asspen) vem a público apoiar a decisão dos policiais penais que trabalham nos prédios provisórios do presídio Francisco de Oliveira Conde (FOC) em paralisar as atividades durante as visitas do próximo domingo (13).

O ato dos servidores é legítimo e um grito desesperado de socorro por melhores condições de trabalho, aos ouvidos surdos da direção do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), que ignora os problemas estruturais enfrentados pela categoria, mas investe em mídias sociais para dar a falsa sensação de que tudo está indo bem.

Não é verdade que os servidores estão sendo valorizados. Não é verdade que os investimentos estão sendo aplicados em melhorias estruturais. Não é verdade que a gestão está cuidando da saúde física e mental de seus policiais penais e servidores administrativos.

O Iapen não enxerga as dificuldades enfrentadas pelos seus pares. O Iapen não ouve aqueles que estão na frente dos prédios. O Iapen não fala por aqueles que arriscam suas vidas diariamente. O Iapen é cego, surdo e mudo!

O Iapen se tornou um gabinete político, onde muito se fala e pouco se faz. O Sr. Arlenilson Cunha, diretor-presidente do Iapen, não atende policiais penais, não conversa com entidades de classe e como se não bastasse, trata a Instituição como um puxadinho de sua casa, acomodando aliados e atendendo a demandas meramente políticas.

A Asspen não tem padrinho. A Asspen não tem posicionamento político. A Asspen só tem um lado, nele estão homens honrados e fardados, que juraram sacrificar a própria vida para salvar a vida do outro. Portanto, a Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário do Acre não se furtará do combate e da luta por um sistema prisional mais justo e forte.

Contem com o apoio da Asspen. Sem recuar, sem cair, sem temer.

Força e Honra! 👊

Eden Alves Azevedo

Presidente da Asspen”

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