O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por intermédio da 12ª Promotoria de Justiça Criminal, obteve nesta quarta-feira (08) a condenação de três réus envolvidos na morte de João Evangelista Barbosa de Souza, que era sargento da reserva do Exército Brasileiro. O promotor de Justiça Carlos Pescador atuou no Júri.
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Os jurados acataram na íntegra a denúncia do Ministério Público e reconheceram a participação de Jairo França da Silva, Tiago Alves Barbosa e Witalo Carvalho da Costa nos crimes de homicídio qualificado e integração em organização criminosa, com penas que, somadas, chegam a mais de 131 anos de prisão.
De acordo com a denúncia do MPAC, o crime teria sido motivado porque Witalo e os outros integrantes da organização criminosa suspeitavam que a vítima passava informações sobre os membros da facção para a polícia.
Como consequência, segundo o texto da Promotoria, Witalo, que chefiava a facção, determinou aos réus Tiago e Jairo que matassem a vítima.
Na tarde de 22 de agosto de 2018, João encontrava-se em casa quando foi surpreendido pelos réus, que o mataram com 5 disparos de arma de fogo e 12 facadas. Ainda conforme os autos, Tiago foi o autor dos disparos e Jairo desferiu as facadas.
O MPAC denunciou os três réus por homicídio qualificado e por integrar organização criminosa. As qualificadoras apresentadas na denúncia foram motivo torpe, já que o crime foi cometido para manter a “lei do silêncio” e desencorajar a colaboração dos moradores com a polícia; meio cruel, pelo excessivo número de tiros e facadas pelo corpo da vítima; e recurso que dificultou a defesa da vítima, que foi pega de surpresa ante a rápida ação dos réus.
O corpo de sentença reconheceu os pedidos formulados pelo MPAC e condenou Witalo Carvalho a uma pena de 48 anos e 11 meses de prisão; Jairo França a 42 anos e 5 meses; e Tiago Alves a 41 anos e 11 meses.