Vivemos tempos difíceis. A única certeza que temos é a incerteza. A pandemia que o Brasil e o mundo enfrentam, não é uma crise simples de ser enfrentada, requer o esforço genuíno da sociedade, dos governos, das instituições, de todos. Mas, eis aí o problema, estamos fazendo o que nos compete? Estamos unindo esforços para que saiamos dessa implicada crise?
A grosso modo, não. Não estamos fazendo o que nos compete. Estamos sempre legando o compromisso, a responsabilidade para o outro e, de maneira ignorante, estamos nos excluindo do processo de contribuição para que, de forma célere, possamos sair dessa grave crise pandêmica.
O brasileiro, lamentavelmente, como uma espécie de “predisposição genética”, tem a mania de se isentar de responsabilidades básicas, a exemplo, temos uma péssima representatividade política e um esgarçamento da nossa democracia, que nada mais é, do que o reflexo direto do não cumprimento legal das nossas responsabilidades enquanto cidadãos.
Nessa pandemia, infelizmente, o reflexo é o mesmo. Estamos banalizando a pandemia, banalizando as mortes, relativizando os prejuízos causados por essa crise, que de forma avassaladora, tem causado enormes problemas políticos, sociais e econômicos.
Estamos à beira de 250 mil óbitos no Brasil, isso em quase de 1 ano de pandemia. O que podemos fazer para que venhamos sair o mais breve possível dessa crise?
Estamos nessa pandemia por questões antrópicas, ou seja, a própria ação humana criou esse contexto de desastre humanitário, mas, ela – a pandemia – aí está para nos ensinar, nos mostrar que a saída para toda essa situação é a unidade, é a união de todos, no sentido de enfrentar esse grave problema, respeitando os protocolos, tendo parcimônia no trato com o outro, sendo cuidadoso e não negacionista diante da iminente realidade.
Pois, enquanto estivermos no cume do nosso ego, das nossas preferências partidárias, do nosso irrisório conhecimento, da nossa falta de empatia e respeito para com o próximo, colapsaremos. Parafraseando a série ‘Dark’ da Netflix, ‘o que sabemos é uma gota, o que ignoramos é um oceano’. Não ignoremos os protocolos, os cuidados, os decretos, as ordens estabelecidas, isso é o básico para a nossa sobrevivência e não tem nada a ver com ideologia política, com líderes políticos, com espectros ideológicos, tem a ver com senso de humanidade.
Que nesse momento, fortaleçamos não somente a nossa IMUNIDADE, algo importantíssimo nessa crise viral, mas, nos fortaleçamos com muita HUMANIDADE, com muito amor ao próximo e a nós mesmos. Esse é o caminho para a saída ou pelo menos, para a sobrevivência diante da maior crise do último meio século.
Juntos, venceremos! Divididos, colapsaremos!
*Professor da Rede Pública – Pedagogo, arte-educador, acadêmico de segunda licenciatura em História. Especialista em Educação Especial Inclusiva