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Artista Camila Cabeça implementa curso de Afrobetização no Juruá

Por ASCOM

“Potências Criativas em Arte, Educação e Comunicação: ferramentas de interseccionalidade para a afrobetização”, curso oferecido pela artista Camila Cabeça, ocorre em Cruzeiro do Sul, gratuitamente e na modalidade presencial, de 13 a 24 de janeiro de 2021.

Financiado com recursos da Lei Emergencial Aldir Blanc, o projeto foi aprovado no Edital de Formação nº 001/2020 do Governo do Estado do Acre, por meio da Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour (FEM).

O curso também possui importantes parcerias, entre elas com a Universidade Federal do Acre (Ufac), que por meio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e do projeto de extensão “Educação para os Direitos Humanos” disponibiliza aos participantes certificados de curso de extensão.

Sabrina Cassol, professora do curso de Direito da Ufac, em Cruzeiro do Sul, intermedeia o diálogo entre a instituição e a organização do curso, no esforço conjunto de garantir a permanência do acesso comunitário aos conteúdos formativos e entrega de kits de higiene aos participantes.

“A gente faz a parceria ampliando o compromisso da universidade, enquanto comunidade acadêmica com a sociedade local e nesse projeto temos uma forma de vivenciar o princípio da universidade pública, gratuita e universal, como um canal de comunicação de forma a empoderar tanto os futuros profissionais quanto os beneficiários dessas ações de extensão”, explicou a professora.

Soma de esforços

O Centro de Apoio Psicossocial (CAPS) Náuas está na soma de esforços. Por meio deste apoio foram articulados diálogos institucionais, além da disponibilização de equipamento de som. O Caps Náuas também tornou possível que os participantes façam as testagens rápidas de Covid-19 durante o curso.

Outro parceiro é o Centro Educativo Adilis Nogueira Maciel (Ceanon), local que abriu suas portas para receber o curso. Considerado ponto de cultura da cidade de Cruzeiro do Sul, oferece cursos para crianças e jovens de famílias em vulnerabilidade social. Ainda entram na parceria o projeto Juntos Pela Transformação, da filósofa Djamila Ribeiro, e o Instituto João Donato.

Já na expectativa, Jonatas Cabral (professor Carcará), do grupo Capoeira Senzala, fala em continuidade e reflexos futuros nas atividades que realiza. “O curso será muito importante, principalmente, porque a gente trabalha com cultura afro, raiz da cultura popular que é a capoeira. Aqui em Cruzeiro do Sul temos alguns acessos ainda limitados e sofremos muitos preconceitos, sofremos mais por não saber lidar com determinadas situações que acredito que será conteúdo do curso”, disse.

Com duração de 40 horas, o curso disponibiliza oficinas mediadas pela artista Camila Cabeça, a socióloga Jaycelene Brasil, a pedagoga Sulamita Rosa (por meio de web aula) e a jornalista Valéria Santana.

Ao todo serão quatro oficinas: Carimbó para o Despertar do Corpo; A importância das Políticas Públicas, ações de combate ao racismo e de educação nas relações étnico-raciais no Século XXI; Comunicação no Fazer Artístico da Amazônia Acreana; e Os Saberes Estético-corpóreos e o Carimbó enquanto Epistemologia Feminista Negra da Região Amazônica (web aula).

A artista Camila Cabeça

Camila Cabeça é artista, pesquisadora de Culturas Populares e produtora cultural. Além do curso que promove neste ano, já esteve com outros projetos culturais na cidade de Cruzeiro do Sul, como a oficina “Carimbó para o Despertar do Corpo” e o “Folia das Lendas” (oficinas e baile de carnaval).

Arte, Carimbó e Educação Patrimonial tem permeado o vínculo artístico de Camila com Cruzeiro do Sul, iniciado em 2018, é o que se torna base para enxergar os aspectos potenciais da cidade que devem ser valorizados e se materializam em proposta de curso.

“Quando penso no tema do curso, me certifico que eu não poderia ir sozinha, por isso convidei mulheres que representam essa potência criativa para irem comigo, são profissionais que tem muito a acrescentar no que há de potencial nas pessoas cruzeirenses”, define artista proponente do projeto.

Segundo Camila Cabeça, a Lei Aldir Blanc se faz ainda mais necessária por calçar possibilidades de desenvolvimento cultural em meio as limitações impostas pela pandemia. “No caso de Cruzeiro do Sul, enxergo como um contexto que tem condições de aflorar ainda mais em suas potências cria

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