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Bancários fazem paralisação nesta sexta contra fechamento de agências do BB no AC

Por LEANDRO CHAVES, DO CONTILNET

Trabalhadores do Banco do Brasil no Acre vão aderir à paralisação nacional marcada para esta sexta-feira (29) contra as demissões em massa e o fechamento de agências por todo o Brasil. A decisão foi aprovada em assembleia geral na segunda (25).

No estado, aproximadamente oito espaços serão fechados, o que, segundo os trabalhadores, provocariam a precarização desse serviço essencial. A preocupação se dá sobretudo no interior do Acre, em municípios como Mâncio Lima, Assis Brasil e Xapuri, por exemplo, que estariam na lista de cidades que terão agências encerradas e pessoas demitidas.

Também há previsão de fechamentos em Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Feijó e Bujari.

“Aqui a adesão está acima da perspectiva, todos os caixas e muito escriturários devem parar e isso deve inviabilizar a abertura de centenas de agências no Brasil e várias aqui no Acre também”, explicou ao ContilNet o presidente Sindicato dos Bancários do Acre, Eudo Rafael.

Foto: Bancários Acre

A paralisação será de apenas 24h. No entanto, a categoria não descarta intensificar o movimento caso o governo federal insista em manter a reestruturação sem diálogos com os trabalhadores.

“A greve ocorre por intransigência do governo que não aceita negociar com os trabalhadores mesmo com o acordo coletivo vigente até 2022.

O governo federal quer dar início a demissões em massa por meio de dois programas de desligamento voluntário: o Programa de Adequação de Quadros (PAQ) e o Programa de Desligamento Extraordinário (PDE). A ideia é dar as contas para cerca de 5 mil trabalhadores em todo o Brasil.

O total nacional de agências a serem desativadas será de 112, além de sete escritórios e 242 postos de atendimento, totalizando 361 unidades. Outras 243 agências virariam postos de atendimento simples.

Analistas veem a decisão como ensaio para a privatização do Banco do Brasil, que tem mais de 200 anos de fundação e, em 2020, registrou lucro líquido de mais de R$ 10 bilhões. Em abril do ano passado, Paulo Guedes chegou a dizer que o banco é um “caso pronto de privatização e a gente não tá dando esse passo. Então tem que vender essa porra logo”.

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