Especialistas listam “remédios” gratuitos para vida longa e saudável

Por conta da pandemia de coronavírus, a discussão sobre medicamentos, vacinas, anticorpos e outros termos médicos está em alta.

Uma vertente da medicina “tradicional”, contudo, prega que o início de qualquer tratamento se dá muito antes da doença acontecer.

Conhecida como medicina do estilo de vida (“lifestyle medicine”, do termo em inglês), a prática procura aplicar comportamentos saudáveis para evitar, tratar e até mesmo reverter doenças.

Em um artigo publicado no American College of Lifestyle Medicine, especialistas da Universidade de Pittsburgh (EUA) e adeptos da medicina do estilo de vida ensinam seis “remédios” que podem ajudar a ter uma vida longa e saudável.

A vantagem, segundo eles, é que os “medicamentos” são gratuitos e estão ao alcance de qualquer um.

A maioria dos conselhos envolve o controle da inflamação, geralmente causada por comportamentos e estilo de vida pouco saudáveis.

A inflamação é um mecanismo natural do corpo, que ajuda o organismo a combater infecções, lesões e estresse. Em excesso, contudo, ela pode promover ou agravar doenças.

1. Invista em alimentos integrais à base de vegetais

Dietas ricas em frutas, vegetais e grãos integrais e pobres em produtos de origem animal e alimentos altamente processados ​​têm sido associadas à prevenção de muitas doenças.

De acordo com os especialistas, este tipo de alimentação anti-inflamatória não só melhora a saúde geral do organismo, mas pode, também, reverter doenças cardiovasculares, metabólicas, cerebrais, hormonais, renais e autoimunes comuns.

Pesquisas com dados sobre a composição de micronutrientes e fontes de proteína de alimentos vegetais em comparação com alimentos de origem animal (não apenas a proporção de gordura, carboidratos e proteínas) ainda estão em andamento e serão essenciais para detalhar como este tipo de alimentação ajuda o organismo a funcionar melhor.

“Esses testes devem incluir crianças, visto que muitos distúrbios adultos são disseminados desde a infância ou no útero”, detalha o artigo.

2. Pratique atividades físicas regulares

Os benefícios dos exercícios aeróbicos diários são conhecidos pela ciência há tempos. Já se sabe, por exemplo, que os processos de envelhecimento (a idade cronológica versus idade biológica) são determinados por vários processos moleculares que são diretamente influenciados pela atividade física.

Os benefícios de se movimentar são inúmeros: controle do peso; melhora do humor; aumento da produção de energia; equilíbrio do sono; aumento do apetite sexual, socialização e diversão são alguns exemplos.

“Agora, os cientistas estão compreendendo melhor as mudanças celulares e moleculares que o exercício induz para reduzir o risco de doenças”, afirmam os pesquisadores no texto.

Os novos estudos concentram-se em descobrir qual a intensidade e a frequência ideais para as atividades físicas, bem como ter informações mais detalhadas à respeito das alterações moleculares e celulares que ocorrem durante os exercícios.

3. Tenha uma noite de sono restauradora

O sono ajuda as células, os órgãos e todo o corpo a funcionar melhor. Um sono regular ininterrupto de sete horas por noite para adultos, oito a 10 horas para adolescentes e 10 ou mais para crianças é o ideal para manter a saúde em dia.

Já há evidências de que o sono de alta qualidade pode reduzir a inflamação, a disfunção imunológica, o estresse oxidativo e a modificação epigenética do DNA — sintomas associados ou causadores de doenças crônicas.

4. Aprenda a gerenciar o estresse

Pesquisas recentes mostram que o estresse crônico aumenta o risco de doenças cardiovasculares, doenças do intestino irritável, obesidade, depressão, asma, artrite, doenças autoimunes, doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, distúrbios neurológicos e obesidade.

Para reduzir o estresse e aumentar a resiliência emocional, a dica é estimular respostas de relaxamento. Isso pode ser feito por meio de terapias mente-corpo (como meditação) ou terapia cognitivo-comportamental.

5. Elimine vícios ou, pelo menos, reduza-os

O abuso de substâncias como álcool e outras drogas, como opióides, pode ser causado por diversos fatores sociais, econômicos e ambientais.

A ciência ainda está estudando os efeitos fisiológicos e psicológicos subjacentes dos vícios, mas já é consenso que eles fazem muito mal à saúde.

“O estigma contínuo e o acesso desarticulado ou ausente aos serviços continua a ser um desafio. Os médicos e cientistas precisam explorar como prever quem é mais vulnerável ao vício e encontrar maneiras de evitá-lo”, escrevem os especialistas.

Segundo o artigo, o ideal é priorizar “o tratamento que incorpore o cuidado integrado com foco em todas as necessidades do paciente”.

Por isso, a melhor forma de eliminar um vício é procurando ajuda profissional. No Brasil, as reuniões dos Alcoólicos Anônimos e dos Narcóticos Anônimos podem ser uma alternativa.

6. Mantenha uma mentalidade positiva e invista em conexão social

Pode parecer um clichê, mas manter pensamentos positivos, permeados pela prática da gratidão e do perdão, proporcionam efeitos extremamente benéficos à saúde.

Segundo os cientistas, pensar positivo tem um impacto significativo no bem-estar psicológico e subjetivo, que estão, por sua vez, associados a benefícios para a saúde física.

A conectividade social, ou seja, a quantidade e a qualidade de nossos relacionamentos, “tem talvez os benefícios mais poderosos para a saúde”, de acordo com o artigo.

Por outro lado, o isolamento social – como viver sozinho, ter uma pequena rede social, participar de poucas atividades sociais e se sentir solitário – está associado a maior mortalidade, maior morbidade, menor função do sistema imunológico, depressão e declínio cognitivo.

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