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ET de Varginha completa 25 anos e ufólogo diz ter novas evidências

Por G1

Basta ouvir o nome de Varginha que a pergunta não tarda: “Essa não é a cidade do ET?”. A história do ET de Varginha completa 25 anos nessa quarta-feira (20).

O evento que deu visibilidade mundial à cidade de Varginha, ainda desperta curiosidade e espanto anos depois. Atualmente, alguns ufologistas creem em uma versão que ainda não foi contada.

Marco Aurélio Leal é membro da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU). Ele afirma que o caso de Varginha é muito difícil de ser concluído. Segundo ele, a falta de testemunhos oficiais dificulta a resolução do caso.

“O que se sabe é somente 40% de tudo o que ocorreu. Isto graças às narrativas de testemunhas civis e militares. Enquanto uma autoridade que participou do evento na época não aparecer para falar como os fatos aconteceram, não saberemos o que realmente foi capturado em Varginha. Afinal, podem ser outras questões como até experimento militar”, disse Marco.

O estudioso no assunto e corretor de imóveis João Marcelo Marques Rios acompanha o caso Varginha desde 2014.

João e outros três amigos possuem um grupo em que falam com testemunhas sobre o dia 20 de janeiro de 1996.

Eles afirmam ter reunido um material bastante esclarecedor e com depoimentos de pessoas que atuaram na cidade durante a suposta aparição.

“Conversamos em duas oportunidades com um militar da reserva do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e ele nos confirmou pela 1ª vez e, de forma histórica, que realmente houve uma ligação para a central por volta de 9h da manhã informando a presença de algo estranho no bairro Jardim Andere”, contou.

João Marcelo também contou que uma testemunha, que na época tinha 14 anos, viu o exército isolando uma área abaixo da Rua Suécia, a 50 metros de distância de uma linha férrea desativada.

“Ele notou que algo foi transportado dentro de um saco. Outra autoridade da época disse também que ficou sabendo da movimentação estranha e resolveu checar. Ao se aproximar do Hospital Humanitas, teria visto tudo isolado pelo exército e algo sendo transportado e colocado na caçamba de um caminhão”, disse.

Essa mesma testemunha tentou saber o que era, mas recebeu a informação de que o assunto era de segurança nacional.

“Essa importante testemunha teria uma foto da criatura capturada. Infelizmente, e como ocorreu muitas vezes durante nossa investigação, o depoente se afastou e não atende mais a nossas ligações”, lamentou Marcelo.

Marcelo contou ao G1 que também ouviu a população de Varginha sobre o aparecimento do extraterrestre. Ainda de acordo com o estudioso no assunto, o funcionário de um hospital também confirmou a presença do exército no local. O médico que teria atendido a criatura também foi localizado pela equipe de pesquisa.

25 anos do ET de Varginha
No dia 20 de janeiro de 1996 três meninas alegaram ter visto um ser estranho, baixinho e de olhos vermelhos e que não era similar a nenhum outro animal conhecido.

Naquela tarde, a jovem Kátia Andrade Xavier e as irmãs Liliane de Fátima Silva e Valquíria Aparecida Silva teriam visto a criatura enquanto atravessavam um terreno no bairro Jardim Andere.

Elas costumavam passar pelo trajeto de sempre, mas resolveram cortar caminho por um terreno entre o bairro Jardim Andere e o Santana. Naquela época, um novo loteamento e um campo estavam sendo construídos no bairro.

Quando passaram próximo a um muro, ao lado de uma oficina, as irmãs ouviram a amiga Kátia dar um grito.

Ao olharem na mesma direção que ela, viram uma criatura agachada. Com o grito, ela virou a cabeça para as jovens e as encarou por alguns segundos.

“Era marrom, a cor. Era baixinho. Estava agachado, mas era baixo. Eu tinha a impressão que era uma coisa assim muito mole, que dava a impressão que ia estourar, com a pele lisa e os olhos vermelhos, que olhou para nós. Foi coisa assim, rápida, de você bater o olho e falar, é assim e pronto. Não tinha como ser humano, nem ser um animal”, descreveu Kátia em entrevista para a EPTV, filiada Globo no Sul de Minas, em 2006.

As irmãs contaram que o ser possuía umas manchas parecendo veias na pele e algumas protuberâncias na cabeça. Após encarar a criatura por alguns segundos, as três saíram correndo desesperadas.

Segundo contaram, as meninas voltaram ao local da aparição com sua mãe cerca de 25 minutos depois.

Não encontraram mais nada, apenas uma marca no chão, um cheiro que não souberam descrever e um cachorro farejando o local.

Um pedreiro que trabalhava próximo ao terreno teria dito que os bombeiros já tinham levado “aquele bicho estranho”.

Uma outra versão relata que por volta das 20h, dois militares seguiam pela Rua Benevenuto Braz Vieira – a mesma onde as meninas teriam visto o ET – quando o motorista freou bruscamente o carro porque algo passou na frente do veículo. Um dos militares saiu e capturou a criatura sem usar luvas ou qualquer tipo de equipamento de segurança.

Ela foi colocada no banco traseiro do veículo e levada para um posto de saúde da cidade, que não quis recebê-la. Em seguida, os policiais foram para o Hospital Regional de Varginha. Supostamente, uma ala da instituição permaneceu isolada assim que recebeu a criatura.

Depois o ET de Varginha teria sido levado para o Hospital Humanitas por mais dois dias para depois seguir para a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). As instituições citadas na história nunca confirmaram esses fatos. Como há mais de uma versão de criaturas sendo levadas, também acredita-se que pode ser mais de um “ET de Varginha”.

O militar que teria capturado a criatura morreu dias depois de infecção generalizada. Há relatos de que ele tinha pouco mais de 20 anos e era um jovem saudável. No zoológico da cidade, alguns animais morreram e a necropsia apontou uma substância tóxico-cáustica não identificada. Ainda no exame dos animais mortos, também fora detectada um enegrecimento na mucosa do estômago e intestino dos animais.

Relatos de discos voadores também foram registrados na cidade. Um casal relatou ter visto um objeto voador não identificado em uma fazenda a 2 km de onde a criatura teria aparecido.

Repercussão

O caso ganhou o país e o mundo. Despertou a curiosidade e o encanto de descobrir a vida em outros planetas.

A história foi e ainda é lembrada em publicações ufológicas do mundo todo. Nesses 25 anos, muitas dúvidas ficaram no ar. Mas o certo é que a história faz parte do imaginário brasileiro e aterrorizou muita gente.

Basta caminhar por Varginha para percebermos como a história foi incorporada à arquitetura local.

Tem uma caixa d’água e o prédio da prefeitura em forma de nave, pontos de ônibus em forma de disco voador, souvenires e até pequenos ET’s em algumas praças e parques.

Quando se pergunta sobre os acontecimentos daquele dia, é comum algumas pessoas dizerem: “Se foi um extraterrestre, eu não sei, mas que teve até exército na cidade, isso teve”.

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