Funcionários do BB fazem manifestação contra fechamento de agências no Acre

O atual presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, deputado estadual Neném Almeida, informou que está sendo preparado para sexta-feira (15), no Centro da capital, uma manifestação nacional organizada pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), federações e sindicatos, contra a reestruturação da categoria.

No Acre, Almeida destacou que estão programadas reuniões nas agências, quando os funcionários vão discutir os impactos negativos do plano de reestruturação. Também será feito um diálogo com os clientes que procuram o atendimento no banco, quando será distribuída uma carta aberta à população contra as propostas.

“O Banco do Brasil é uma instituição sólida e que, de 2016 a 1019, registrou crescimento, em termos nominais, de 122% no lucro líquido. No mesmo período, a receita de tarifas aumentou 22%”, declarou.

No Acre sete agências passarão por mudanças e fechamento: Agência da Avenida Ceará, em Rio Branco; da Catedral, em Cruzeiro do Sul; Assis Brasil e Bujari vão ser fechadas. A agência de Mâncio Lima vai deixar de ser agência e se tornar posto de atendimento, assim como a de Feijó.

Em razão da pandemia da covid-19, os funcionários foram convocados a atrasarem o serviço em até uma hora. “Pedimos que só comecem a trabalhar a partir da 9h, em especial os colegas Caixas, Escriturários e Gestores que estão sendo os mais atingidos por este ataque ao Banco do Brasil”, ressaltou o parlamentar, destacando que no ato, os servidores irão vestir roupas pretas ‘para manifestar sua indignação ao plano da direção do BB’.

“Essa será a primeira atividade de uma campanha contra essa reestruturação. Em cada sindicato haverá, nos próximos dias, plenárias de funcionários do banco para discutir formas de combater esse ataque ao BB e a seus trabalhadores. Vamos criar um calendário de lutas para impedir essas medidas’, encerrou Almeida.

Desmonte do BB

O desmonte foi imposto pelo governo Bolsonaro em meio à pandemia; reduz a rede de agências do banco, corta salários, funções gratificadas e prevê a redução de 5 mil postos de trabalho. As medidas previstas para serem impostas neste primeiro semestre de 2021, englobam o fechamento de 361 unidades, sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 Postos de Atendimento (PA), além da conversão de 243 agências em postos de atendimento e a ‘transformação’ de 145 unidades de negócios em Lojas BB, estes dois últimos, sem gerentes e guichês de caixa.

Com o fechamento de agências e a sua transformação em PAs, serão cortadas funções gerenciais e de módulo, tendo o banco anunciado, também, a extinção do pagamento contínuo da gratificação de caixa. Os funcionários destas atividades sofrerão uma redução salarial significativa. Os caixas passarão a receber como escriturários. Como parte do plano de desmonte do BB, o governo federal, maior acionista individual do banco, pretende dispensar mais de 5 mil funcionários através do Plano de Adequação de Quadros (PAQ) e do Plano de Desligamento Extraordinário (PDE).

 

 

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Funcionários do BB fazem manifestação contra fechamento de agências no Acre