A acreana Gleici Damasceno, campeã do BBB18, participou do primeiro Altas Horas de 2021, no sábado, 2/1, e revelou detalhes de como foi participar do processo seletivo para entrar na casa mais vigiada do Brasil.
“Eu fiz a minha inscrição, mas nunca imaginei que pudesse entrar no programa. Lembro que cheguei da faculdade e vi minha mãe assistindo. Vi uma cena ali que me marcou. Quando cheguei no trabalho, no outro dia, falei para a minha amiga o que aconteceu no programa…”, contou ela.
Após a amiga questionar se ela assistia ao reality, Gleici respondeu: ‘”Tô assistindo e vou me inscrever’. Aí comecei… Lá [na inscrição] tinha uma parte que tinha que contar a minha história, e nesse dia acho que eu estava muito inspirada. Contei bem direitinho, do início, com detalhes, tudo e mandei. Eu era presidenta do Conselho de Promoção de Igualdade Racial e estava organizando uma conferência….”
“Aí tocou o telefone perguntando se eu tinha feito minha inscrição… E eu não lembrava. Aí, uma amiga que estava perto perguntou o que era, e eu disse: ‘Amiga, fiz minha inscrição no Big Brother – acho que nunca contei essa história -, e a produção me ligou’. Mas imaginava que sempre tinha um perfil para entrar no programa. Mas não existe isso. Aí falei: ‘Imagina que eu vou entrar'”, disse, desacreditada.
“Mas, ela falou ‘vai’. Jaicelene, o nome dela. Eu disse: ‘Jaice, mas que não tenho um centavo’. E [a seletiva] era em um estado vizinho. Ela falou assim: ‘Tenho R$ 60 reais aqui’. Era o dinheiro que ela tinha, e me deu esse dinheiro”, contou, Gleici.
“Consegui comprar a passagem de ida, não tinha como voltar, mas fui mesmo assim, sozinha. Quando voltei, fiquei com isso no coração: eu vou entrar. Quando vi, estava lá dentro.”
“Eu também mandei uma mensagem para um amigo meu, que foi a primeira mensagem que ele mostrou quando eu saí. Disse assim: ‘Amigo, acho que eu vou entrar no programa e vou ganhar R$ 1,5 milhão'”.
“Quando eu saí do programa, ele falou: ‘Olha aqui a mensagem que você me mandou’. E isso mudou minha vida, minha história”, avaliou a jovem, que ‘previu’ o que iria acontecer.
Sobre os R$ 60 emprestado da amiga, Serginho Groisman questionou se Gleici devolveu: “Devolvi, corrigido”, disse a milionária, rindo.
Infância humilde
Natural de Rio Branco, a jovem milionária também recordou a infância humilde e de muita luta que teve.
“Nasci na zona rural, meu pai era caseiro, a gente tinha essa vida de interior. Minha mãe sofria violência doméstica, mas conseguiu romper esse ciclo e foi trabalhar como doméstica, para sustentar a gente”, lembrou Gleici, que tem um irmão e uma irmã.
“A minha história é da maioria do povo brasileiro. Tanto que muita gente se identifica. Então, eu sempre trabalhei. Com 12 anos, eu era babá e fazia acontecer.”
“Minha mãe é a maior referência pra mim, de mulher que corre e luta. Eu consegui entrar na faculdade, graças aos programas sociais”, enfatizou a jovem, que hoje consegue dar uma vida melhor à família.