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Governo dos EUA executa primeira mulher em quase 70 anos

Por METRÓPOLES

O presidente Donald Trump é um defensor da pena de morte e ignorou uma petição de clemência apresentada por apoiadores da condenada Lisa Montgomery, de 52 anos. Esse foi um dos últimos atos do governo de Trump.

Lisa foi morta com pentobarbital, uma droga letal. Pouco antes de receber a injeção no braço, ela bateu os dedos e fechou os olhos. Quando a substância entrou em seu corpo, a mulher engasgou e a barriga começou a mexer, mas parou rápido.

À 1h31 (horário local), um funcionário entrou na sala com um estetoscópio, tentou ouvir o coração e o pulmão de Montgomery e declarou que ela estava morta.A defesa da mulher tentava impedir a execução alegando que ela sofria de distúrbios mentais. Um juiz de Indiana chegou a suspender a execução, mas o Supremo reverteu a decisão e ordenou que o ato continuasse.

Lisa foi a primeira mulher executada pelo governo federal dos Estados Unidos desde 1953. No entanto, os estados seguiram com as execuções nesse intervalo de quase 70 anos.

Crime

Em dezembro de 2004, Lisa Montgomery dirigiu por quase três horas de sua residência em Melvern, no Kansas, até Skidmore, uma cidade do Missouri para se encontrar com Bobbie Jo Stinnett, uma jovem de 23 anos que ela conheceu pela internet. Jo estava grávida de oito meses e esperava o primeiro filho.

Usando nome e e-mail falsos, Lisa marcou uma visita alegando que queria comprar um filhote de cachorro. A vítima era criadora de cães.

De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, Lisa atacou e estrangulou Bobbie até a mulher perder a consciência.

“Usando uma faca de cozinha, Montgomery então cortou o abdome de Stinnett, o que fez com que ela retomasse a consciência. Uma luta se seguiu, e Montgomery estrangulou Stinnett até a morte”, afirma o texto do Departamento de Justiça.

Lisa removeu o bebê do corpo da mãe, o levou de volta até a casa que dividia com o marido Kevin e tentou fingir que era seu filho.

Execuções

O governo de Donald Trump retomou as execuções após 17 anos. Desde julho do ano passado, 10 homens receberam pena de morte no país.

Existe um planejamento do governo para executar dois afro-americanos ainda nesta semana. Corey Johnson, na quinta-feira (14/1), e Dustin Higgs, na sexta (15/1).

“Nas últimas horas da presidência de Trump, há uma corrida para executar pessoas que estão no corredor da morte há anos ou mesmo décadas. É uma loucura”, disse o senador Dick Durbin na rádio NPR.

Os estados suspenderam as execuções por meses, uma vez que exigem a permanência de dezenas de pessoas em um ambiente fechado e com o país sendo o líder em contaminações e mortes por Covid-19, é recomendado evitar aglomerações.

Porém, o governo Trump corre para continuar com as execuções antes que Joe Biden assuma a presidência.

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