Atualmente o universo de drag queens e assuntos relacionados à comunidade LGBTQIA+ estão presentes em grande parte das produções audiovisuais, mas entre os anos 1990 e 2000 as coisas eram diferentes. Mesmo assim, Jorge Lafond , levou a personagem Vera Verão para a casa de milhares de brasileiros, no programa “A Praça é Nossa”, do SBT. Ator morreu em 2003, aos 50 anos, por conta de problemas cardiorrespiratórios.
Formado em artes cênicas e em educação física, o carioca trabalhou até como mecânico e tentava esconder sua homossexualidade. “Eu fazia a linha menininho, bonitinho e comportado. Depois de velho, eu chutei tudo”, brincou, em entrevista ao programa de Elke Maravilha, no SBT, em 1993. Se realizou como dançarino, pratica que o fez viajar o mundo e abriu as portas da Globo para ele, que fez parte do corpo de bailarinos do “Fantástico”, em 1974.
Formado em artes cênicas e em educação física, o carioca trabalhou até como mecânico e tentava esconder sua homossexualidade. “Eu fazia a linha menininho, bonitinho e comportado. Depois de velho, eu chutei tudo”, brincou, em entrevista ao programa de Elke Maravilha, no SBT, em 1993. Se realizou como dançarino, pratica que o fez viajar o mundo e abriu as portas da Globo para ele, que fez parte do corpo de bailarinos do “Fantástico”, em 1974.
Depois disso, também participou de “Viva o Gordo”, interpretou um personagem em “Sassaricando” e fez parte do elenco fixo de “Os Trapalhões”, fazendo o primo de Mussum. Por conta do sucesso do Soldado, recebeu convite do SBT para “A Praça É Nossa”, onde viveu seu auge como Vera Verão, responsável pelo famoso bordão “Êeeepa! Bicha Não!”.
Negro e homossexual, o ator conseguiu superar o preconceito e se consagrar como uma figura extremamente popular da TV brasileira. Popularidade que quase o levou para a segunda temporada da “Casa dos Artistas”, quando a emissora fez uma enquete perguntando quem o público queria ver no confinamento e Jorge Lafond ganhou de disparada e recebeu apoio de vários famosos. Infelizmente sua participação foi vetada após o primeiro episódio.
Lafond sempre falou abertamente sobre sua vida e sobre os preconceitos sofrido, inclusive não escondeu a mágoa do SBT após a polêmica de “A Casa dos Artistas”. Se tornou um ícone a frente de seu tempo e até tem a trajetória relembrada como um exemplo para todos os LGBTQIA+ do Brasil.