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Luciana Gimenez sobre baixa autoestima em vídeo na web: “Me acho feia”

Por REVISTA QUEM

Luciana Gimenez, que sempre faz caras e bocas em suas fotos na web e viveu uma vida toda sob os flashes e filmagens, admitiu em novo vídeo de seu canal no Youtube que tem autoestima baixa.

“Eu tinha combinado de falar de autoestima. Hoje era um dia em que falei: ‘Vou fazer vídeos’. Cheguei no meu quarto hoje, olhei para a minha cara e falei: ‘Como vou olhar para a minha cara e falar de autoestima se eu estou sem nenhuma?’. Será que era para ser um vídeo motivacional? Se for, não vai dar certo. Porque eu não estou com nenhuma autoestima. Eu me acho feia, acho que sou alta demais. Não gosto das minhas pernas, da minha bunda. A minha barriga é bonita, ok, mas como vou falar para as pessoas que estão me assistindo de autoestima?”, começou ela.

A apresentadora contou então de uma situação recente em que estava na praia com o namorado, o empresário Eduardo Buffara, e amarrou uma canga no bumbum.

Após ser questionada por ele o motivo de esconder o corpo, ela admitiu que não gostava.

“Ele falou: ‘Luciana, você está louca?’. E eu falei: ‘Mas eu tenho horror à minha bunda’. Então comecei a pensar se era coisa de agora, que estou mais velha. Então, lembrei de quando tinha dezoito anos, que ia à praia e para levantar para ir ao mar, eu ia de lado”, desabafou.

Infância com traumas

Luciana revelou que quando era criança sofreu com apelidos dados pelos coleguinhas.

“Me chamavam de ‘saracura’. Todo mundo ria, batia palma. Eu odiava, chorava. Chegava em casa chorando, porque eu tinha um metro e vinte de pernas e o resto era um corpinho.

Então, eu era saracura, siriema. Eu usava calça de moletom embaixo das calças jeans para parecer que as minhas pernas eram mais grossas”.

Fase como modelo

Apesar de ter sido modelo bem sucedida, Luciana contou que passou por muitas situações constrangedoras em agências.

“Você sai na rua com seu book embaixo do braço. Vai a dez, quinze lugares, e de quinze, pelo menos quatorze falam: ‘Seu nariz é feio, é de batata’, ‘Você não tem queixo’, ‘A sua cara é redonda’, ‘Você é alta demais, ou baixa demais’. ‘Seu pé é fino demais’. Você acaba se achando horrível. Esse problema de autoestima, sempre tive. As pessoas não sabem”.

Luciana ainda falou que atualmente, quando está produzida para apresentar, se sente melhor. Mas que normalmente isso não acontece.

“Eu entendo que é um personagem e digo: ‘Nossa, estou bonita’. Mas não é uma coisa que tenho conquistado todos os dias. Tem dias que após a meditação, consigo me achar bonita”.

Transparência

A apresentadora ainda contou que decidiu abrir o coração para os fãs por considerar que muitos imaginam que ela tem uma vida completamente diferente.

“Eu realmente resolvi mostrar um pouquinho mais quem é a Luciana, porque as pessoas tem uma ideia errada. Acham que eu sou perfeita, que me acho linda, que me acho acima de alguém, que eu me acho. Eu quero dizer que não. Eu sou exatamente como vocês. Eu me amo? Eu me acolho. Eu me acolho muito. Eu sou uma pessoa que batalha muito. Tenho muitas dificuldades como todos nós, mas tento abraçar o mundo com as pernas. Gosto muito de ajudar as pessoas. Não é fácil para ninguém. A gente fantasia o mundo o que está vivendo. Apareceu na televisão e a gente já fala: ‘Aquele é rico, famoso’. Como se o rico não tivesse problema. Mas a autoestima é uma questão de trabalhar em se amar, se aceitar, se desculpar e ver que é o melhor que você está podendo fazer. Porque às vezes é o melhor que a gente está podendo fazer hoje, não dá para exigir mais”.

Luciana ainda admitiu que faz terapia. “Estou nessa batalha todos os dias. Tento, a gente cai e levanta”, disse, acrescentando a seguir. “Às vezes chego em casa após apresentar o programa, chego toda linda, arrumada. Com joias emprestadas. Muitas vezes vocês me veem com joias, mas não são minhas, são emprestadas. Uma vez estava subindo em minha casa, estava em dia difícil. As minhas colaboradoras estavam rindo na copa. Eu ouvi elas rindo, cantando. Pensei que estavam bem mais felizes do que eu. Então, não é dinheiro, não é altura, não é beleza, não é casa bonita, nem trabalho. É o que vem de dentro da gente”, disse.

Épocas de Dificuldade

Na sequência, Luciana relembrou a época em que morou nos Estados Unidos quando mais jovem, quando passou por muitas dificuldades financeiras.

“Já tive momentos que não tinha dinheiro para comer. Não tinha dinheiro para almoçar e jantar, tinha que escolher se comprava bilhete do metrô para poder me locomover e tentar ganhar dinheiro ou se ia almoçar e jantar. Nesses dias eu ainda pensava que estava feliz. E teve outros momentos da vida, em que tinha dinheiro, ganhando bem e que podia comprar o que quisesse, mas não estava feliz. Então, não é dinheiro”.

 

 

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