O dia 25 de novembro de 2020, marcado pela morte de Diego Maradona, ainda não acabou para algumas pessoas e gera uma série de polêmicas na Argentina. Desta vez, o alvo é o médico pessoal do astro, Leopoldo Luque.
Isso porque uma perícia grafotécnica, de acordo com o jornal Olé, confirmou a suspeita de promotores que investigam o caso: Luque falsificou a assinatura do ex-jogador para obter o seu histórico clínico.
Este documento, com data no dia 1° de setembro de 2020, foi encontrado dias depois da morte de Maradona na casa do médico, localizada em Adrogué, província de Buenos Aires. O recado era endereçado à Clínica Olivos, onde o ídolo chegou a ser internado pouco antes de morrer.
Desde então, havia uma suspeita em relação ao papel, já que ele foi visto ao lado de algumas folhas que continham tentativas de cópia da assinatura do ex-jogador.
“Da minha mais alta consideração, eu, Diego Armando Maradona, escrevo para solicitar que meu médico particular, Dr. Leopoldo Luque, receba uma cópia de meu prontuário. Muito obrigado”, diz a mensagem.
HOMICÍDIO CULPOSO?
Trata-se de uma nova uma etapa da investigação realizada pela promotoria de San Isidro por suposto homicídio culposo, causado por negligência médica.
Isso porque os prontuários médicos do país pertencem, ainda segundo o Olé, apenas aos pacientes – e somente eles podem permitir que outra pessoa tenha acesso liberado. O ato de Luque, portanto, é considerado ilegal.
“Embora a Justiça por enquanto não possa garantir que Luque tenha forjado a assinatura, há vários indícios que fazem os investigadores considerá-la quase como a única hipótese possível”, diz o jornal.
A partir de agora, os promotores estão tentando determinar se o pedido chegou à clínica e se ele conseguiu os dados que estava procurando. A hipótese de haver outras falsificações em diferentes documentos de Maradona também não é descartada.