O menino Luiz Otávio, de apenas dois anos, está internado na Santa Casa de Montes Claros (MG), cidade a 420 km de Belo Horizonte, após se engasgar com uma peça de um brinquedo no final de semana.
Seu estado de saúde, de acordo com o pai, Charles Madureira, é grave. A criança estava na casa dos avós com sua mãe, Isabela Aquino, quando, de acordo com Charles, ele colocou a peça na boca.
“A mãe, sempre cuidadosa, pediu para ele tirar, mas ele respirou e se engasgou na hora”, contou Charles ao UOL.
Acreditando que não daria tempo de ligar para o Samu ou para os Bombeiros, Isabela decidiu levar Luiz para o Hospital Aroldo Tourinho com seu irmão, já que se tratava de uma distância de 4 km.
“Quando deu entrada, ele perdeu os batimentos e a respiração.
Os médicos conseguiram reanimá-lo depois de 30 minutos e precisou intubar”, disse Charles.
A criança então foi transferida para a Santa Casa da cidade, onde foi realizada uma cirurgia para retirar a peça do brinquedo.
Ainda de acordo com o pai da criança, ele ficou sedado, intubado e teve convulsões. Charles, que estava chegando de viagem, foi direto para o hospital.
“A notícia de ontem para hoje não foi muito boa, pois ele ainda não demonstrou reação após o início da retirada dos sedativos”, contou Charles para a reportagem.
Segundo ele, um médico de plantão chegou a dizer que, passadas 24h sem reação, haveria a hipótese de decretar morte cerebral.
Porém, outro médico da unidade teria tido à Charles que ainda não é o momento para isso, já que poderia aguardar mais cinco dias enquanto o restante dos sedativos parassem de fazer efeito.
Dor e esperança
Enquanto contava o que aconteceu com seu filho, Charles disse para o UOL que o nascimento de Luiz foi especial.
“Ele é filho único, a gravidez dele foi uma benção”, diz. Agora, os pais mantêm a esperança que tudo possa dar certo.
“É uma dor imensa saber que ele está nessa situação. Mantemos a esperança, ele é um garoto especial”, disse Charles.
A reportagem tentou contato com a Santa Casa de Montes Claros, mas até o momento não teve retorno.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, em 2020 a corporação atendeu aproximadamente 510 ocorrência de ingestão de corpos estanhos em todo o estado.
(Foto de capa: Reprodução/UOL)